Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar os impactos ao Rio São Francisco e afluentes baianos dos rejeitos provenientes do rompimento da Barragem do Feijão, da Vale, em Brumadinho, no estado de Minas Gerais. As informações estão em portaria assinada pelo procurador da República, Adnilson Gonçalves da Silva, publicada no último dia 24.
Para instauração do procedimento, o representante do órgão federal considerou a realização de uma audiência pública, no auditório do Colégio Model, em Bom Jesus da Lapa, a 796 km de Salvador, em abril...
Após publicação no BLOG GERALDO JOSÉ, nos últimos dias, com manifestações de preocupação das comunidades ribeirinhas ao longo do Rio São Francisco, principalmente no sub médio, órgãos ambientais em Brasília, leia-se IGAM, INEMA, IBAMA, IEF e ANA, fizeram chegar à nossa redação documentos que contestam a possibilidade de contágio das águas do Rio São Francisco, nesta região, em virtude do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Em anotação à parte, escreveram: “Bom dia. Meu amigo, existe um alarmismo exagerado. A pluma sequer atingiu o reservatório de Retiro Baixo, e em chegando lá deve permanecer de 40 a 60 dias, o que ocasionará forte decantação. Somente aí seguirá para o reservatório de Três Marias. Nossa expectativa é que a contaminação do São Francisco será baixíssima, se não inexistente”, anotaram.
De acordo com o documento “O Ibama, em conjunto com o ICMBio e os Órgãos Ambientais Estaduais tem trabalhado no diagnóstico dos impactos do desastre ao longo de toda bacia. Para tal, são utilizadas informações da qualidade da água, geradas pelos órgãos oficiais responsáveis, além de coletas de dados in loco para avaliação dos impactos agudos na biodiversidade”, concluindo que “Após avaliação de dados oficiais, conclui-se que é improvável que os rejeitos oriundos da Barragem B1 da Vale tenham atingido o Reservatório de Três Marias e, consequentemente, o Rio São Francisco”...
Desde o início do crime ambiental ocorrido em Brumadinho, Minas Gerais, este Blog Geraldo José, tem destacado, inclusive foi um dos primeiros a ouvir o especialista e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Almacks Luiz Silva, sobre a possibildiade da lama tóxica atingir o rio São Francisco.
Nesta quinta-feira 21, oficialmente o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse que a operação da Usina Hidrelétrica de Três Marias pode ser alterada para evitar que os rejeitos da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, alcancem o Rio São Francisco...