Após publicação no BLOG GERALDO JOSÉ, nos últimos dias, com manifestações de preocupação das comunidades ribeirinhas ao longo do Rio São Francisco, principalmente no sub médio, órgãos ambientais em Brasília, leia-se IGAM, INEMA, IBAMA, IEF e ANA, fizeram chegar à nossa redação documentos que contestam a possibilidade de contágio das águas do Rio São Francisco, nesta região, em virtude do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Em anotação à parte, escreveram: “Bom dia. Meu amigo, existe um alarmismo exagerado. A pluma sequer atingiu o reservatório de Retiro Baixo, e em chegando lá deve permanecer de 40 a 60 dias, o que ocasionará forte decantação. Somente aí seguirá para o reservatório de Três Marias. Nossa expectativa é que a contaminação do São Francisco será baixíssima, se não inexistente”, anotaram.
De acordo com o documento “O Ibama, em conjunto com o ICMBio e os Órgãos Ambientais Estaduais tem trabalhado no diagnóstico dos impactos do desastre ao longo de toda bacia. Para tal, são utilizadas informações da qualidade da água, geradas pelos órgãos oficiais responsáveis, além de coletas de dados in loco para avaliação dos impactos agudos na biodiversidade”, concluindo que “Após avaliação de dados oficiais, conclui-se que é improvável que os rejeitos oriundos da Barragem B1 da Vale tenham atingido o Reservatório de Três Marias e, consequentemente, o Rio São Francisco”.
De acordo com o documento a divulgação de uma “possível morte do rio Paraopeba e a iminente contaminação das águas do rio São Francisco devido ao rompimento da Barragem I do complexo da mina do Feijão em Brumadinho-MG, têm gerado grande preocupação às comunidades ribeirinhas e demais usuários dos rios Paraopeba e São Francisco”, concluindo que “até a presente data não se observam alterações na qualidade das águas na estação de amostragem localizada a jusante da Usina Hidrelétrica (UTR) Retiro Baixo (BP099) que indiquem a chegada da pluma de rejeitos neste trecho...” informaram.
De acordo com a nota técnica “no atual momento não é possível afirmar sobre quando ou se a pluma chegará no reservatório de Três Marias”, destacaram.
O documento não nega a contaminação de algumas áreas do Rio Paraopeba, principalmente nos primeiros dias após o desastre, em meados de fevereiro: “Até o momento foram recolhidas 1773 carcaças de peixes no rio Paraopeba, sendo que 98,3% (1743) coletadas entre a foz do córrego Ferro e Carvão (ponto em que o rejeito atingiu o Paraopeba) e a Usina Termoelétrica (UTE) localizada em Juatuba-MG, correspondendo a 44,8 km de rio”, destacando ainda que “tal material está sendo analisado, mas aparentemente não tem nenhuma relação com o desastre de Brumadinho”, concluindo que “Até o momento, os dados oficiais de qualidade de água não indicam que os rejeitos atingiram o trecho do rio Paraopeba a jusante da UHE de Retiro baixo, portanto também não atingiram o reservatório da UHE de Três Marias e o rio São Francisco.”.
Publicações feitas por este veículo, apontando possível contaminação do Rio São Francisco na região de três Marias, foram baseadas em documentos encaminhados por entidades respeitadas como a Fundação SOS Mata Atlântica, dentre outras.
O Blog GJ Notícias vai continuar buscando informações sobre esse assunto de importância relevância para o meio ambiente e para as populações ao longo do Velho Chico.
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