Artigo - Por que acreditamos que estudar História não é importante?
Agostinho de Hipona dizia que só temos o presente para viver. Hoje, principalmente entre os jovens, esse apelo hedonista soa bastante convidativo, afinal, o que importa é sentir a vida, intensamente, “amar como se não houvesse amanhã", como no verso do poeta que morreu precocemente. No entanto, a elaboração de Santo Agostinho sobre o tempo é um pouco mais complexa do que nossa vã sabedoria pode traduzir em um post de 140 caracteres.
Há três presentes para viver e não apenas um. Há, sim, o presente do presente, que é o mundo da percepção, que nos dá a referência das coisas: grande, pequeno, longe, perto, quente, frio, doce, amargo, e por aí vai. Mas há também o presente do passado, que é a memória, que nos fornece o conteúdo das coisas, dando a elas sua consistência, seu estofo, sua espessura...