É de deixar a população de qualquer Nação numa condição de total perplexidade, diante do impensável fato de testemunhar que o seu governante está vulnerável aos achaques desrespeitosos de alguém - acusações procedentes ou não -, mas que fere profundamente os princípios de respeito à autoridade constituída. É deselegante, descortês e antiético. Tudo isso adquire conotações ainda mais agravantes, quando originados de alguém não detentor dos traços recomendáveis de moralidade, responsável por inúmeros crimes e que se locupletou de muitas vantagens dos Bancos e das estatais brasileiras, agigantando o seu patrimônio, abruptamente, às custas do Estado: os irmãos Joesley e Wesley Batista! Com esse perfil maculado, não lhe cabe o direito de distribuir xingamentos desrespeitosos à figura institucional do Presidente, ainda que este cheio com a imagem bastante comprometida.
Esses nomes tinham o peso da impunidade nacional. De maneira estranhíssima conseguiram se antecipar à eventual prisão, oferecendo-se como delatores, mas impondo as condições e regras do próprio jogo de que contariam tudo que sabiam, desde que não fossem presos. Os depoimentos prestados aos Procuradores que firmaram o acordo, representaram uma aula do mais puro deboche e arrogância. Felizmente, por solicitação do Procurador Rodrigo Janot, que investigou a correção dos atos no pacto espúrio, por ocultarem informações importantes que agora decidiram apresentar numa segunda etapa, o Relator Edson Fachin, do STF, decidiu, finalmente, determinar a prisão da figura esnobe do Joesley e o Diretor da J&F, Ricardo Saud. Pelo menos deixa o Joesley de curtir os benefícios graciosamente obtidos, quando transitava livremente em viagens internacionais, administrando as várias empresas que possui, sabe-se lá como foram adquiridas. Preocupava muito à sociedade brasileira, a convivência com um clima de instabilidade e anarquia que somente fragiliza e destrói as instituições...