AS REMINISCÊNCIAS, BAGUNÇAS E DITADURAS MOMESCAS...

Deixe-me perguntar uma coisa: O Carnaval já acabou? E aquela bagunça de acessos de veículos sem saberem para onde ir, acabou também? Ainda bem, parece que sim...

“Do ponto de vista antropológico, o carnaval é um ritual de reversão, no qual os papéis sociais são invertidos e as normas de comportamento são suspensas...” Sou eu afirmando isso? Não... Seu significado no latim é interessante: “carna vale” que quer dizer: “adeus à carne”. Mas, bem poderia significar: ADEUS A TUDO!

Três dias foram suficientes para se analisar um formato apresentado para a diversão do Povo na sua festa mais popular... E vamos começar pela avidez por uns trocados, que termina terceirizando e privatizando um espaço totalmente do Povo, criando situações das mais constrangedoras e humilhantes a quem se atreve ir pagar para se divertir...

Agora bateu um saudosismo ao lembrar daqueles tempos que não voltam mais. Não vamos explorar a memória, mas, vamos tentar ver de novo aquela alegria contagiante que existia nos carnavais passados, ainda bem, não realizados por esses que sabem de tudo, fazem tudo, como se autodenominam...

Alguém que passou por poucos e maus momentos nesses dias, deixou aqui nessa página digital sua indignação citando Leis e Amparos Constitucionais dos Cidadãos no livre direito de ir e vir, e sobre a posse e domínio de bens e coisas que podemos ter de forma lícita, é claro...!!! Tudo certinho dentro da Lei para quem sabe cumprir...

Mas vou fechar os olhos um pouco e descrever o que estou vendo no meu imaginário: Oh, lá vem o “Nêgo Dedê” com o corpo absurdamente modelado e pintado em cima daquele carro alegórico... Lá vem aquele Professor de Balé, ainda muito jovem com sua fantasia altamente rica e irreverente, deixando a todos babando pela beleza estampada, até hoje fazendo bonito, como fez em Concurso de Fantasias (quesito luxo), no último final de semana ali naquela cidade. E tinha outras figuras marcantes, lindas jovens bem fantasiadas, e outras tantas atrações que a lembrança agora me trai, sem esquecer jamais das Batucadas tradicionais cada uma com seu ritmo mais agudo e hoje tudo tão mudado...

Tudo isso acima lembrado, acontecia numa via pública onde o Povo mandava, lotava e transbordava uma alegria sem medida, tomando sua quente ou sua fria que descesse melhor, ou estivesse estupidamente gelada, totalmente liberada, não importando a cor do rótulo, nem a marca, nem o malte... Ah, tinha uma concorrência sim, as Distribuidoras de bebidas promoviam a decoração dos bares, dos clubes, e ainda facilitavam para os Revendedores dos seus produtos condições de poder devolver aquilo que não fosse vendido... Era uma “briga” sadia! Cadê aquelas Distribuidoras que um dia chamei aqui? AUSENTES...

Quem preparava tudo aquilo? Pessoas apaixonadas com o apoio de Dona Prefa que nada deixava faltar, dentre elas algumas já partiram, e outras tantas que ainda estão vivas a ouvir muitas vezes algumas ignorâncias e discrepâncias sem limites dizendo todo dia que aqui não tinha nada, e pior, sob os aplausos de quem sabe não ser a verdade, mas, por dever ao Poder ficam todas caladinhas... Que pena!

Agora estou abrindo os olhos... E o que vejo? Estou vendo, lendo e ouvindo uma enxurrada de reclamações vindas do Povo a quem se deve obrigação, atenção e todo o respeito, se quisermos que a recíproca seja costumeira...

Dica de vida: “O erro só é erro se você não aprende a lição. Se você aprende e evolui, o erro passa a ser um acerto.”

Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.