Monólogo ‘É da carne das mulheres que nascem os homens’ será levado a estudantes da rede pública estadual com apresentação, bate papo e oficinas

Aprovado no Edital Diálogos Artísticos do Bicentenário da Bahia, o projeto de um monólogo da atriz Ana Vicente, ‘É da carne das mulheres que nascem os homens’ será levado a escolas da rede pública estadual de Juazeiro em três apresentações, além de um bate papo com os estudantes e a realização de uma oficina de iniciação teatral em dias diferentes das apresentações.

E a primeira apresentação será neste sábado (28) às 9h no Colégio Democrático Estadual Professora Florentina Alves do Santos (CODEFAS), dentro do projeto sociocultural de educação antirracista ‘Encrespa’.

As propostas previstas no Edital tem como objetivo estimular o desenvolvimento das artes nos diversos territórios de identidade do Estado da Bahia, de acordo com a Lei Estadual nº 9.433/05. Foram aprovadas propostas apresentadas por artistas, criadores, produtores e grupos artísticos exclusivamente do Estado. Os projetos selecionados devem, obrigatoriamente desenvolver ações que proponham interação com escolas da rede pública de ensino e/ou equipamentos culturais.

‘É da carne das mulheres que nascem os homens’ é um projeto desenvolvido no Núcleo de Teatro do Sesc Petrolina ao longo do ano de 2022. “Os estudantes terão a oportunidade de assistir ao monólogo onde a atriz discute em cena questões que vêm do silenciamento das histórias das mulheres ancestrais de sua família como a construção da racialidade de mulheres pardas, os apagamentos das narrativas femininas, os fardos que permeiam a construção social de uma mulher cisgênero. Além da desconstrução dos tabus em torno do fluxo menstrual feminino, o sangue derramado nos feminicídios, numa tentativa de nomear violências efetivas e simbólicas intrínsecas na construção do ser mulher numa sociedade machista e patriarcal”, explica a atriz Ana Vicente, autora do projeto

Ana Vicente é produtora cultural, estudante da Licenciatura em Teatro EAD/UFBA e diretora executiva da Produtora Filhas D’Água. Sua jornada artística teve início nas Artes da Cena em 2014 por meio da realização de intervenções urbanas com Coletivo Gira Mundo em Juazeiro. Posteriormente passou a integrar o Núcleo de Teatro do SESC Petrolina, sob orientação de Thom Galiano, desenvolvendo processos de pesquisa cênica. 

Ao longo dos anos atuou em produções teatrais e audiovisuais. Em 2020 passou a morar em Campinas (SP) e lá foi selecionada para estudar no projeto TransFormações (2020 – 2021). Foi a partir daí que tornou-se produtora estagiária no grupo de teatro Os Geraldos. Retornou ao Vale do São Francisco em 2022 onde trabalhou na equipe de Arte da Série de Streaming Atrofia, produzida pela WW Filmes, também atuando no EP. Neônio. Reintegrada ao Núcleo de Teatro do SESC Petrolina, sob orientação de Paulo de Melo, tem desenvolvido a criação coletiva do espetáculo ‘Bença Bisa’, bem como seu trabalho de criação cênica autoral É da Carne das Mulheres que Nascem os Homens.

Ascom