Alta no preço das passagens aéreas pode se tornar ainda pior

Com a proximidade do fim do ano muitas pessoas já planejam viajar, visto a flexibilização das regras de isolamento social. Com isso o preço das passagens aéreas aumentou nos últimos meses, e pode subir ainda mais.  A alta dos combustíveis e o dólar nas alturas estão entre os principais motivos do aumento, que se tornou mais perceptível com a flexibilização sanitária no Brasil e em países que querem receber visitantes para aquecer o setor de turismo.

Os preços, porém, estão mais salgados. Um bilhete entre Petrolina a São Paulo nesta terça-feira custa cerca de R$ 2.100,00.

As empresas aéreas impactadas pela pandemia de covid-19  também querem recuperar o tempo perdido e estão pesando a mão sobre o bolso dos consumidores. Uma das maiores empresas de viagens da América Latina, aponta que o interesse dos viajantes brasileiros cresceu 63% nas últimas semanas. 

O economista Luis Fernando Mendes explica que as passagens aéreas estão entre os itens que mais pressionaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, divulgado na semana passada. O aumento médio, no mês, foi de 28,76%, após a queda de 10,90% observada em agosto, de acordo com o IBGE.

“O custo da operação aérea é bastante atrelado ao dólar, logo, quando há uma desvalorização do real (e é preciso ter mais reais para pagar os mesmos custos em dólar), os valores das passagens são pressionados para cima”, destaca.

Procurada, a Latam informou que “tem retomado sua malha progressivamente e, tanto a oferta quanto os preços das passagens para o último trimestre estão em níveis similares aos de 2019”. A Azul e a Gol não responderam aos questionamentos sobre o aumento dos preços.

Os brasileiros tentam ajustar o orçamento para encaixar uma viagem na reta final do ano.

Redação redeGN Fogo Ilustrativa Agencia Brasil