Sara Winter é solta e será monitorada por tornozeleira eletrônica

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quarta-feira (24) que ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, deverá usar tornozeleira eletrônica. No despacho ao qual a CNN teve acesso, o magistrado determinou a substituição das prisões temporárias dos seis integrantes do grupo conhecido como “300 do Brasil” por medidas cautelares. 

O ministro atendeu ao pedido do Vice-Procurador Geral da República Humberto Jacques no âmbito do inquérito que apura atos antidemocráticos. A defesa de Sara Winter afirmou agora há pouco que não foi notificada oficialmente sobre a decisão do ministro e que tão logo seja avisada tomará as medidas cabíveis.

Além da imediata instalação dos equipamentos de monitoramento, Moraes também proibiu que os investigados tenham contatos entre si e que mantenham distância mínima de 1 km do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso e das pessoas envolvidas na investigação como parlamentares que foram chamados para prestar depoimento no inquérito. Na decisão, o ministro determina que os integrantes do grupo informem seus endereços domiciliar e de trabalho, para que possam receber autorização para saída diurna. 

“Verifico estar demonstrado o risco à investigação e a necessidade de restrição à atuação dos integrantes do grupo com relação aos fatos aqui investigados; considerando, todavia, a gravidade e reprovabilidade das condutas até agora a eles atribuídas, entendo ser suficiente para a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive com a utilização de monitoração eletrônica”, escreveu Moraes. 

Além de Sara Giromini, a decisão de Moraes se estende a Renan de Morais Souza, Érica Viana de Souza, Emerson Rui Barros dos Santos, Arthur Castro e Daniel Miguel, que também foram alvos de ordens prisão no inquérito. O ministro delegou ao Juízo da Vara de Execuções do Distrito Federal o acompanhamento das medidas cautelares estabelecidas a Sara e aos demais investigados.

CNN Brasil