Batalha pela independência do Brasil na Bahia contou com a participação de mulheres na luta

As batalhas pela independência do Brasil na Bahia duraram um ano e sete dias, entre 25 de junho de 1822 e 2 de julho de 1823. As mulheres desempenharam um papel importante no processo, e muitas se destacaram nas batalhas e na ajuda aos soldados brasileiros. Segundo o historiador Eduardo Borges, não há uma documentação muito farta sobre Maria Felipa, mas ela possui muita importância na luta pela independência. Há registros de que ela liderou cerca de 200 pessoas, sendo a maioria mulheres — também haviam negros e índios tupinambás.

A participação de mulheres na luta pela Independência do Brasil na Bahia, em 1823, deu destaque a três ícones femininos nas lutas para vencer as tropas portuguesas: Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica. A história da Independência do Brasil na Bahia começou a ganhar força no início de 1822, com o desejo da Bahia de romper com a coroa, quando o rei de Portugal, D. João VI, tirou o brasileiro Manoel Guimarães do comando de Salvador, colocando em seu lugar o general português Madeira de Melo no cargo. Com isso, ele queria reforçar o poder da Coroa sobre os baianos, mas a população não aceitou pacificamente.

Os baianos foram às ruas para protestar e entraram em confronto com os soldados portugueses. Meses depois, em 12 de junho, a Câmara de Salvador tenta romper com a coroa portuguesa. O general Madeira de Melo coloca as tropas nas ruas e impede a sessão. Dois dias depois, em Santo Amaro, os vereadores declaram D. Pedro o defensor perpétuo do Brasil independente, o que significa não obedecer mais ao rei de Portugal.

No dia 25 de junho é a vez da Vila de Cachoeira romper com a Coroa portuguesa. Outras vilas seguem o exemplo. Cachoeira se torna quartel general das tropas libertadoras. Canhões de fortes da Baía de Todos-os-Santos foram roubados para armar a improvisada frota de saveiros, que enfrentaram a esquadra de Portugal. Cercados por terra e mar, os portugueses ficam acuados em Salvador. Decidem então abandonar a cidade e fogem por mar, na madrugada do dia 2 de julho de 1823.

G1 Bahia