Reintrodução da Ararinha-azul é tema de reunião em Curaçá
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) realizou nesta terça-feira (16) uma reunião de discussão e apresentação de políticas públicas para a reintrodução da ararinha-azul em Curaçá. O Evento se deu no Centro de Educação Superior e teve participação (além dos órgãos federais) de: representantes do poder público municipal (Executivo e Legislativo), representantes do Governo do Estado (Instituto de Meio Ambiente – INEMA) e de organizações da sociedade civil como: Instituto da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Paróquia, Instituto Mata Branca (IMB).
Após apresentação geral dos presentes, Ugo Vercillo, do MMA (Biodiversidade e Florestas), abriu a reunião apresentando os objetivos do Evento, o contexto do tema e as propostas acerca dele. "Vamos discutir propostas de ações e políticas relacionadas ao projeto de reintrodução da ararinha-azul aqui em Curaçá. Mas para isso precisamos dessa comunhão para preparar o local com condições ambientais e sociais. É isso que vamos fazer aqui". Ugo mostrou que já existe uma grande área disponível na Fazenda Concórdia (26 km da Cidade) para início, mas que se requer uma comunidade de proteção nos arredores. Logo após, Camila Lugarini, do Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade (ICMBio), expôs o histórico resumido do Projeto Ararinha-azul na Natureza (PAN) e os resultados já alcançados em cativeiro com essa espécie. "Em 2012, quando o plano de ações do Projeto começou, a gente tinha 73 animais. Hoje em dia temos 110. Maior número em Al Abra, no Qatar. Em 2013 se começou a investir muito em reprodução, por isso chegamos a esses números. Realizamos transferências de animais entre o Qatar e o Brasil. E já temos alguns em Minas Gerais. Em 2019, quando a espécie completa 200 anos de descoberta, iremos soltar os primeiros exemplares aqui em Curaçá", revelou Camila, que também apresentou, rapidamente, ações em comunicação do PAN e experiências bem sucedidas de turismo e artesanato com o Projeto Peixe-boi. Na sequência, Marcos Santana, do MMA (Extrativismo Desenvolvimento Rural) apresentou ações possíveis para o ambiente em que as ararinhas-azuis devem ser soltas, a exemplo de: barragem de contenção de sedimentos, sistema agropastoril para caprinovinocultura e meliponicultura (abelhas nativas). Tudo buscando o combate à desertificação e a produção sustentável. Leonardo Pacheco, do MMA (Extrativismo Desenvolvimento Rural) falou a respeito do Programa Bolsa Verde. "Beneficia 74 mil famílias no Brasil. Elas recebem 300 reais durante dois anos, desde que elas estejam dentro dos critérios, por exemplo: morar dentro de unidade de conservação; estar cadastrada no CADÚNICO, e estar abaixo da linha de extrema pobreza. A condicionalidade ambiental é que os beneficiários assinem um termo de adesão e tenham, na propriedade, uma cobertura vegetal de 20% de mata preservada com plano de manejo definido", elucidou Pacheco, que também antecipou que o Bolsa Verde traz outras políticas associadas a ele, a exemplo dos cursos do PRONATEC e assistência técnica. Eduardo Macedo, o INEMA, apresentou a Proposta de Unidades de Conservação de serras no Município de Curaçá e sugeriu, assim como Edimilson Nascimento (IMB), a integração dos dois projetos na busca dos objetivos comuns...