Glauber Rocha, que no dia 22 de agosto de 1981 nos deixou órfãos de filmes polêmicos, performáticos e sempre políticos, nos faz lembrar de todas as pessoas que escolhem o caminho subversivo da arte, contrapondo-se ao trabalho em escritórios burocráticos e sem cores e alegrias. Nosso cineasta há de ser visto e lembrado sempre, pois assim como ele precisamos nos posicionar em tudo ou certamente seremos engolidos pelas escolhas de quem não quer a arte como ação de vanguarda e liberdade.
Sua força e sua fúria têm como marca principal o ator, escritor, roteirista e, principalmente, o diretor, que além de baiano, era sem dúvida o símbolo de um Brasil Novo. Um país que saía do atraso dos anos 40 e via no horizonte um desabrochar de esperança: de uma bossa que era nova, de uma literatura que também era nova, de uma historiografia nova e, agora nas telonas, produzindo o Cinema Novo brasileiro, esquecido na atualidade, mas que nos brindaram e encheram-nos de orgulho...