A acessibilidade precisa existir em todos os campos, inclusive no cultural. “Tornar um ambiente cultural, tanto museus, estádios de shows, acessível para todos é um princípio de respeito aos direitos humanos, à integridade das pessoas. Então, reduzir as barreiras ou superar as barreiras é garantir essa igualdade, que todos possam produzir e usufruir da cultura de maneira equitativa”, comenta o pesquisador Daniel Caldeira de Melo, da área de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.
Para que isso ocorra, é preciso englobar a todos com políticas públicas específicas para cada situação, como é o caso das Pessoas com Deficiência (PcD). “Quando a gente olha para a Lei Rouanet (8.313 de 1991), ela fala que deve-se tentar contemplar o máximo de pessoas possíveis nas suas variedades. Tem editais, por exemplo, que exigem que você tenha pelo menos uma medida de acessibilidade. A preocupação primária é ambiental: você precisa ter um ambiente, um espaço acessível para as pessoas com mobilidade reduzida e deficiência física. Também têm crescido as traduções em Libras e as audiodescrições. E, em terceiro lugar, talvez venha a figura de monitores, que seriam pessoas com conhecimento sobre práticas de acessibilidade e que possam orientar e conduzir as pessoas com deficiência dentro do processo de fruição dos projetos culturais”, pontua Melo...