Às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece sábado (5) e domingo (6), os estudantes da rede estadual de ensino estão envolvidos nas últimas atividades preparativas. Na capital e no interior, os professores realizam revisões e aulões para a consolidação dos conteúdos, que já foram trabalhados ao longo do ano letivo, e dão o suporte psicológico para amenizar a ansiedade típica do período.
Em Salvador, durante esta semana, no Colégio Estadual Raphael Serravalle, no bairro da Pituba, as revisões do conteúdo do Enem vão acontecer no horário das aulas. “Ao longo do ano realizamos muitas atividades voltadas para o Exame. Nesta reta final, vai ser o momento de os alunos tirarem as principais dúvidas”, explicou o diretor, Hamilton Lopes.
No Colégio Estadual Senhor do Bonfim, os estudantes do 3º ano do Ensino Médio terão revisões para as provas do Enem na quinta-feira (3), com aulas de matemática e química, e na sexta-feira (4), de biologia e física. “As aulas de revisão vão acontecer no auditório da escola, nos dois turnos, começando às 9h e às 14h, e incluem, também, revisão de produção de texto”, explica o vice-diretor, Fabiano Rocha.
(Foto: Ascom/Educação)
No Colégio Estadual Monsenhor Alcides Cardoso, no município de Ipirá (a 214 quilômetros de Salvador), os estudantes participam de uma Roda de Conversa sobre Atualidades. O projeto interdisciplinar visa fortalecer a formação cidadã dos alunos, com foco na abordagem contextualizada do Enem.
A professora de língua portuguesa, Regiane de Santana, explica que a iniciativa de promover a roda de conversa foi para estimular os estudantes a fazerem as provas com mais segurança e conhecimento dos temas ligados ao conteúdo do exame. Entre os temas discutidos estão: questões étnico-raciais e relações e gêneros. “A atividade é voltada para a grade de conteúdos solicitados pelo exame nacional e, ao trazer os alunos para a discussão, estamos provocando neles o interesse por assuntos que estão na ordem do dia da vida social de todos. É uma forma, também, de estimulá-los a dar continuidade aos estudos após o término do Ensino Médio”, relata a educadora.
Para a estudante Isabele Barreto, 18 anos, 3º ano, o enfrentamento ao racismo deve ser uma ação cotidiana. Mas, para quem vai fazer as provas do Enem, ela considera que uma roda de conversa sobre o tema contribui ainda mais para aprofundar os conhecimentos teóricos sobre o assunto. “A Educação é um canal importante para a valorização dos afrodescendentes e para o debate sobre o racismo que ainda hoje existe na sociedade. Quanto mais conhecimento tivermos, mais combateremos práticas racistas e outros preconceitos. Então, considero muito válida a iniciativa deste projeto pedagógico que vai nos ajudar muito na hora de resolver questões da prova ligadas ao tema”, afirma Isabele...