Este ano, diversos casos de febre amarela já foram notificados no Brasil, nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Há também registros de casos ainda considerados suspeitos nestes estados, na Bahia e em Tocantins, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Entre as cidades onde estão localizados os campi da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), a única a ter recomendação de vacinação por parte do MS é São Raimundo Nonato (PI), onde está situado o Campus Serra da Capivara. O Ministério recomenda a vacinação para a população local e para visitantes que se dirijam àquela área.
O Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) da Univasf orienta a comunidade universitária residente em São Raimundo Nonato e os servidores da instituição que irão se deslocar para esse campus a tomar a vacina, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos postos de saúde municipais. O Siass lançou um informativo com orientações aos servidores da instituição sobre a febre amarela, disponível no link abaixo.
Para as pessoas que irão se deslocar para cidades com recomendação de vacinação o MS orienta que o viajante procure se imunizar com antecedência de dez dias em relação à data da viagem, caso seja a primeira vacinação. Esse prazo não se aplica à vacinação de reforço, que deve acontecer dez anos após a primeira dose. A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. O professor do Colegiado de Medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Rodrigo Videres, esclarece que não há motivos para pânico.
A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. E todos os casos que foram confirmados são no ciclo rural, através da febre amarela silvestre, em fazendas e matas. “Em cidades, não há riscos. Não há necessidade de correr para se vacinar. Esta vacina como todas as outras pode acarretar efeitos colaterais”, diz o médico infectologista.
Sintomas - Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e na área branca dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. “É uma doença grave, com nível de mortalidade muito grande. O paciente não pode ficar em casa se automedicando. Assim que surgirem possíveis sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde”, frisa Rodrigo Videres.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença podem morrer. O MS lançou um site com informações sobre a febre amarela, orientações à população relativas a sintomas, áreas de risco e como proceder em casos de suspeita da doença, além de perguntas mais frequentes para esclarecer as possíveis dúvidas da população.
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