Livro discute cultura do estupro a partir de relatos de agressores e vítimas de casos de violência sexual em Petrolina
Quando a sociedade arranja motivos para culpar as vítimas de assédio ou violência sexual, naturalizando esses atos, e tratando-os como “normais”, existe uma cultura do estupro. A origem, os fatores que influenciam e a consolidação dessa cultura são abordados no livro reportagem ‘Silêncios que ecoam: corpos, dinâmica e campo gravitacional da Cultura do Estupro’, da jornalista Dayane Késia, que traz relatos sobre casos de violência sexual em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
Resultado de um trabalho de conclusão de curso (TCC) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, na Bahia, o livro, produzido em 2017, conta com uma riqueza de conteúdos que vai além das referências jurídicas, sociais, históricas e psicológicas sobre o tema. Através de relatos reais de homens que estão presos condenados por estupro e de mulheres vítimas de violência sexual, a jornalista traz à tona uma discussão global sobre a cultura do estupro, a partir de uma realidade local, já que as entrevistas foram feitas em Petrolina...