Cientistas e povos tradicionais estão reunidos em Brasília de 05 a 07 de dezembro para trocar conhecimentos e compartilhar experiências e informações relacionadas a um mesmo objetivo: conservar a biodiversidade com o uso sustentável de espécies da Amazônia, Caatinga e Cerrado. Essa é a ideia central do Projeto Bem Diverso, uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), financiado com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF).
"Não há mais espaço para a ciência atuar sozinha. É preciso agregar o conhecimento científico ao tradicional", afirma o líder do projeto, Aldicir Scariot, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Para Aldicir, o uso sustentável da biodiversidade só pode ser feito se forem respeitados e valorizados os meios de vida das populações tradicionais que vivem nos seis territórios de atuação do projeto, espalhados pelos recantos mais carentes de desenvolvimento do País: o Alto Rio Pardo (MG), o sertão do São Francisco (PE e BA), Sobral (CE), o Médio Mearim (MA), o Marajó (PA) e o Alto Acre (AC). "Afinal de contas, são eles os verdadeiros guardiões da biodiversidade", diz Scariot...