Exposição mostra que o Sertão não é só feito de seca e fome
Sozinho, Simpatia, Boa Sorte, Baú, Fortuna, Beleza e Feiticeiro. Existem municípios do Sertão nordestino cujos nomes são poesia pura. Ao escolhê-los para fazer sua viagem-pesquisa artística, Adones Valença descobriu que a poética não estava somente na nomenclatura, mas nas pessoas, na geografia, em um Sertão que deveria se chamar Esquecido, pois foi o que mais ouviu de seus moradores sobre o local onde vivem.
Mas o Sertão não cristalizou na miséria, na seca e na fome, como a própria arte costuma retratar. É muito mais do que isso. E precisa ser desmistificado. Adones, natural de outro lugar de alcunha poética, Belo Jardim, buscou fazer isso através de seu trabalho aprovado pelo Rumos do Itaú Cultural, que agora virou a exposição "Viagens não têm títulos"...