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Comunidade de Umbuzeiro, no Salitre, retoma tradição de festejo de maio

Na lembrança das pessoas mais velhas o 31 de maio era dia de muita fé e festa na comunidade de Umbuzeiro, no Vale do Salitre, município de Juazeiro. Durante muitos anos, crianças, idosos e jovens tinham como certo o encerramento do novenário em louvor ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria, tradição iniciada há mais de 100 anos, segundo relatos orais. Independente do dia da semana, a data sempre reunia centenas de pessoas para prestigiar a festa religiosa, seguida de leilões e forró.

Com o passar dos anos a tradição foi se modificando, a comunidade ganhou uma igreja maior, bancos e cadeiras em vez de esteiras para os fiéis sentarem, porém, o público foi diminuindo a cada ano. Com isso, em 2014, a novena de maio em Umbuzeiro deixou de ser realizada, para a tristeza de algumas pessoas...

A 5ª expedição da Caminhada dos Umbuzeiros acontece entre os dias 22 a 24 de março

A 5ª expedição da Caminhada dos Umbuzeiros acontece este final de semana, de sexta (22) a domingo (24). A Caminhada dos Umbuzeiros é uma nas paisagens da Caatinga do sertão baiano. Os caminhantes trilham um percurso de 55 km, que se estende do município de Uauá-Ba até Canudos-Ba, percorrendo a região onde se localizava o Arraial do Belo Monte e onde ocorreu a Guerra de Canudos.

O ponto inicial, Uauá, foi palco do “primeiro fogo da guerra de Canudos”, ocasião em que os conselheiristas resistiem ao avanço da primeira expedição militar e retornam a Belo Monte. É precisamente este trajeto que será trilhado pelos caminhantes, atravessando as fazendas São Bento, Maria Preta, Barra dos Cágados, Cocobocó, Algodões, Barra da Fortuna, Coiqui, Caipã até chegar ao povoado de Canudos Velho, situado às margens do açude de Cocorobó, onde se localizava o antigo arraial. ..

Parceria entre Embrapa e Coopercuc promove o georreferenciamento de umbuzeiros em pesquisa realizada em Curaçá e Uauá

O mapeamento proposto pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi realizado em parceria com a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), com apoio de estudantes dos cursos de Agropecuária e Zootecnia do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão de São Francisco II Antônio Conselheiro (Cetep), de Uauá. Mais de mil umbuzeiros foram mapeados nas comunidades de Caladinho e Serra da Besta, em Curaçá e Uauá, respectivamente.

Segundo o supervisor do setor de tecnologia da Embrapa Semiárido, Fabrício Bianchini, o mapeamento dos umbuzeiros faz parte de uma pesquisa de reconhecimento da densidade e ocorrência, assim como das áreas onde se encontram essas espécies. "A gente vem de um período longo de estiagem e isso afetou, de certa forma, algumas plantas de umbuzeiro. Não só a seca, como pragas que incidem a partir do não desenvolvimento da espécie. Então, é importante ver como está a ocorrência das plantas que morreram nesse ambiente natural e como está hoje a densidade e a distribuição dos umbuzeiros nesses dois territórios", explicou o pesquisador...

Umbuzeiros do Sertão do São Francisco são mapeados para manejo e uso sustentável da biodiversidade

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mapeam diversos territórios com projeto criado em março de 2016, com o objetivo de contribuir para a conservação da biodiversidade brasileira por meio do manejo sustentável de sistemas agroflorestais, a fim de assegurar os modos de vida das comunidades tradicionais e dos agricultores familiares.

“Trata-se da primeira iniciativa com recursos do Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF) que apoia atividades de campo e pesquisas da Embrapa na área de conservação, manejo e uso sustentável da biodiversidade”, diz Rose Diegues, oficial de Programas do Pnud...

Projeto “Resgate do Umbuzeiro no Sertão do Araripe” visita à Fazenda Floresta em Parnamirim-PE

Arvore sagrada do Sertão”. Foi assim que o escritor brasileiro Euclides da Cunha chamou o umbuzeiro em sua obra “Os Sertões”. A árvore se destaca pela sua resistência às condições climáticas da região e por ser uma fonte de recursos naturais para a população.

Representantes do projeto do campus Ouricuri do IF Sertão - PE “Resgate do Umbuzeiro no Sertão do Araripe”, realizado na modalidade Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), promoveram visita à Fazenda Floresta, zona rural do município de Parnamirim – PE, com intuito de plantar umbuzeiros e distribuir mudas...

Grupo Amigos de Luiz Gonzaga pretende plantar 113 mudas de árvore umbuzeiro

Com a proposta de ajudar construir um Vale do São Francisco mais Verde, o Grupo Amigos de Luiz Gonzaga recebeu apoio do empresário Neto Tintas para estimular o plantio de árvores. Fazenda Barão, Aldizio Barboza também aderiram ao Projeto.

A proposta de acordo com o jornalista Ney Vital é ampliar o plantio de árvores, principalmente o Umbuzeiro. "O nome umbu ou imbu deriva do tupi-guarani yumbu e significa árvore que dá de beber. Vamos em breve também plantar árvores além de Petrolina e Juazeiro vamos chegar no Exu, Terra de Luiz Gonzaga", disse Ney Vital...

Amigos de Luiz Gonzaga fazem plantio de Umbuzeiro nas margens do Rio São Francisco

O umbuzeiro, também conhecido como imbú  é  uma  planta nativa da caatinga, característica da região Semiárida  brasileira, Conhecida como  "Árvore  Sagrada  do  Sertão",  é  motivo  de confraternização  educativa e de estímulo  à  conscientização e às ações de preservação ambiental.

Por este motivo o Grupo Amigos de Luiz Gonzaga dedicou o final de semana para realizar o Plantio do Umbuzeiro no Rio São Francisco. Com a presença dos cantores e compositores Targino Gondim, Flávio Baião, o ator/artesão Afonso José Conselheiro, "Seu Targino (pai de Targino Gondim", empresário Diego Andrade e jornalista Ney Vital foi plantado o pé de umbu ao som da sanfona. A proposta é plantar uma árvore todo mês...

Artigo: “ÁRVORE SAGRADA DO SERTÃO”

O umbuzeiro é um prodígio da caatinga. Com chuva ou com sol, sempre está ele a abraçar a todos quantos procuram sua sombra acolhedora. Nas horas pesadas de fadiga, é sob a copa frondosa de um umbuzeiro que o sertanejo busca refrigério. Pouso de retirantes no passado; pouso de vaqueiros no presente; aliado incondicional dos habitantes das caatingas. Teimoso como o mandacaru – outro milagre das áridas terras – o umbuzeiro não se curva diante de tempo ruim. Resiste a todas as intempéries. Nem a seca o atormenta. De suas veias jorra a água que abastece suas raízes. Raízes que são fonte de vida. Que nutrem. Que sustentam. E matam a sede nas quadras difíceis. É amigo dos homens e dos animais; é amigo da natureza toda; com ela convive e forma harmonia. Euclides da Cunha o chamou de “árvore sagrada do sertão”. Sagrada e abençoada. Sem ela o sertão seria feio, desgracioso; menos hospitaleiro. Seria solitário, tedioso. Seu verde não seria tão verde; suas tardes não seriam tão belas. Os passarinhos cantariam noutro lugar e o sol talvez fosse mais impiedoso. Sem ela, o sertão seria chato pra caramba. Mas lá está a árvore sagrada, abençoada, sempre a espera de mais um.

O umbuzeiro proporciona sabores. Seu fruto acridoce é apreciado por todos. Maduro ou de vez, ele é uma unanimidade. O tempo do umbu é uma festa. Sim, no sertão há o tempo do umbu; que é o tempo da trovoada; que é o tempo da fartura. É o tempo em que o precioso fruto bate à porta dos lares, alegrando o sertão inteiro. O umbu vence a rotina, move a vida, esquenta a economia. O tempo do umbu é o tempo da graça. Nada se compara ao tempo do umbu. Dele, do umbu, é feita a umbuzada, fina iguaria da culinária sertaneja. A mesma umbuzada que encantou von Martius e Euclides da Cunha, quando de passagem pelos sertões. Doce umbuzada das tardes quentes e fatigantes. Doce umbuzada, servida fria, friínha, em tigela de louça ou argila. A umbuzada poderia ser a marca registrada do sertão, sem similar em nenhuma outra parte do mundo. Patenteada, poderia ser comercializada além fronteira, garantindo ótima lucratividade. A umbuzada, todavia, é mais do que um produto de comércio: é um símbolo. Símbolo do sertão e sua gente. E um símbolo nunca poderá ser objeto de comércio. Seu papel é unir, assim como a umbuzada.

O umbuzeiro, quase sempre, tem uma identidade, sendo tratado pelo nome tamanha sua familiaridade com o homem e com o mundo ao seu redor. É o Umbuzeiro do Muriçoca, o Umbuzeiro da Raposa, o Umbuzeiro do Neco.

O nome vem relacionado a algum fato, alguma coisa que relembre aquela específica árvore; um feito grandioso ou vulgar. O Umbuzeiro do Neco, por exemplo, fica pras bandas onde eu nasci e é o nome dado à árvore sob a qual o famoso Neco das Cacimbas travou luta com um touro brabo, depois de correr muitos quilômetros enrabado no bicho. Conheci nas proximidades da Lajinha o Umbuzeiro do Jagunço. Conta-se que dali, do meio das suas folhas, um fiel de Antônio Conselheiro mandou pro beleléu dezenas de milicos da expedição Moreira César, quando da passagem deste em demanda de Canudos. Umbuzeiro tem nome, tem identidade, tem história. Tem raízes profundas. Por isso é forte; forte como o sertanejo. Umbuzeiro, porém não tem idade. Sua idade é a idade do sertão, seu tempo é o tempo do sertão. Ele dura enquanto dura o sertão. E terá sempre nome e história e raiz, como os homens e as mulheres do sertão.

O umbuzeiro é lugar de ajuntamento, os mais diversos. Debaixo da sua ramagem se dança, se canta, se conta história. Até rezas e catecismos ali se fazem. Já vi umbuzeiro ser utilizado como sala de aula, os alunos dispostos em círculo e o mestre a locomover-se no centro. Falta de espaços mais adequados ou não, o fato é que sempre haverá um velho umbuzeiro de braços abertos a espera do irmão. Afinal de contas, ele é sertanejo. O umbuzeiro é morada de cupido. É sob o frescor de sua copa que muitas vezes são dados os primeiros passos no arriscado caminho do amor. Muitos casamentos ali começam e ali terminam. Muitas histórias ali se forjam e se fundem (e até se confundem); muitos sonhos ali sonhados viram realidade; ou talvez não. O umbuzeiro é o palco da vida; um templo sagrado por onde desfilam experiências de toda espécie. Velho e bom umbuzeiro! Todo sertanejo tem um umbuzeiro no seu caminho. Mas umbuzeiro é pra isso mesmo. Melhor: é pra tudo isso. Afinal de contas, ele é um parceiro e tanto.

Sem ele, o umbuzeiro, o sertão talvez nem existisse; a caatinga seria muito triste e o homem, a criatura mais infeliz da terra...