O juazeiro e o tamarineiro
Ontem, eu e Raquel, minha companheira das trilhas desse mundo, realizamos o que, durante a longa quarentena da pandemia, batizamos de Mini São João. Acontece que, cumprindo a missão de não se expor ao vírus e nem ajudá-lo a circular, nos detemos em casa por um longo período, que acabou por abarcar dois ciclos juninos. Se não existissem tantos prédios, da minha janela, junto à qual escrevo esse texto, eu veria a igreja de Santo Antônio, aqui em Vila Isabel, no alto de sua colina, como se nem houvesse mundo em volta.
Por dois anos, pois, deixei de subir sua escadaria de cento e oitenta e tantos degraus, para assistir à missa e curtir a festa de 13 de junho, olhando, com um pote de caldo verde na mão, o bairro espalhado abaixo de nós, com suas janelas acesas como pequenas fogueiras, pequenos oratórios...