Terra Preta de Índio ajuda a confirmar presença humana desde a antiguidade
Artigo publicado no periódico Science Advances apresenta pistas da presença humana na Amazônia pré-colombiana graças à ocorrência da chamada Terra Preta de Índio (TPI) elaborada por povos tradicionais da região como substrato fértil para plantações. “A população atual ainda usa os sítios antigos. São descendentes das anteriores e continuam com práticas que resultam em solos antrópicos (modificados pelo homem), as chamadas Terras Pretas de Índio, criando um solo fértil intencionalmente”, revela o arqueólogo Morgan Schmidt, do Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), primeiro autor do trabalho.
Ele aponta que, no Alto Xingu, foram registradas datações de cinco mil anos atrás, a maioria datando entre 500 e 1,2 mil anos. Na Serra dos Carajás, no Pará, existem datações de até 11,8 mil anos atrás e há datas antigas para o Alto Tapajós também...