Mesmo se tivesse sua conversa gravada com o empresário Joesley Batista, na cobertura do empresário em Nova York, no dia 17 de maio, o presidente Michel Temer não poderia ser detido pelo FBI por ter imunidade presidencial. A afirmação é de Antônio Celso Alves Pereira, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Internacional (SBDI).
A gravação, segundo informações do jornal "Valor Econômico", tinha sido preparada numa ação conjunta entre a Polícia Federal e o FBI. Temer teria combinado a conversa com Joesley, uma vez que estaria em Nova York, durante a homenagem prestada ao prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), eleito Personalidade do Ano. Alves Pereira diz que não pode afirmar se o cancelamento da ida de Temer a Nova York aconteceu pelo fato de o presidente ter sido informado antes da operação. Oficialmente, o Palácio do Planalto informou, à época, que o presidente não viajaria, uma vez que queria acompanhar de perto a mobilização da base governista para a aprovação da reforma trabalhista. Se tivesse ocorrido, esta seria a segunda conversa extra-agenda entre o presidente e o empresário. A primeira, ocorreu em março, durante encontro à noite, fora da agenda, no Palácio Jaburu, e que foi gravada por Joesley desencadeando a mais grave crise política da gestão Temer...