Parteiras exaltam ancestralidade e buscam reconhecimento
Ela era uma criança de nove anos e lágrimas nos olhos quando aparou um recém-nascido em suas mãos negras e pequenas pela primeira vez. Era uma noite chuvosa quando sua mãe entrou em trabalho de parto. O pai saiu para buscar a parteira, dona Bina, mas não chegaram a tempo de ver a criança nascer.
Hoje, Floriceia Carvalho das Neves, ou simplesmente Flor, tem 65 anos, 47 afilhados e centenas de crianças que ajudou a trazer ao mundo na comunidade quilombola da Ilha de Maré, região insular de Salvador sem ligação rodoviária com continente...