OPINIÃO: De Covid, de mortes e de lamentações
Terminamos relegados à condição de colecionadores da morte. As notícias vão chegando aos poucos, etapa por etapa. A internação em primeiro lugar, depois o ingresso na UTI, e, de repente, o óbito anunciado. E, agora, ao que se demonstra, o vírus tem pressa em ceifar a vida de suas vítimas. Entre nós, a silenciosa lamentação. A preocupação de passar a notícia adiante. Depois, não é um falecimento qualquer.
É uma baixa a mais, entre amigos e conhecidos. A lembrança da última vez que vimos a nova vítima. Acrescente-se ao cesto de recordações a impossibilidade de ir ao velório – local de encontro com velhos amigos até alguns meses atrás. A certeza de que o baque que o fato causa logo será ultrapassado por outro óbito...