MARXISMO CULTURAL – Parte I
A teoria marxista foi elaborada pelo sociólogo e escritor alemão Karl Marx juntamente com Friedrich Engels no Século XIX. Essa teoria versa sobre a forte influência da situação econômica e social da época. Os mesmos não concordavam com uma sociedade capitalista, supostamente injusta e desigual com os trabalhadores. E decorrente disso, vários livros foram escritos por ambos com críticas radicais sobre a sociedade, tais como: "O Manifesto do Partido Comunista", "O Capital" e “A Origem da Família e da Propriedade Privada”. Os livros criticavam o Liberalismo, diagnosticavam uma Luta de classes entre trabalhadores e Patrões, previam que a classe trabalhadora unida, de “tão oprimida”, tomaria posse do governo através da “revolução” e implantaria a ditadura do proletariado que controlaria os meios de produção. Essa ditadura seria uma ponte para a sociedade justa, sem classes, sem governo.
Karl Marx morreu em 1883. Acreditava-se que suas ideias não iriam acontecer, pois havia apenas nove pessoas em seu funeral. Mas após isso, suas teorias obtiveram um crescimento influente sobre os movimentos operários no final do século e até hoje são hegemônicas nas universidades e escolas de todo o mundo. Durante o século XX, a teoria Marxista foi de forte influência em vários países, onde a Rússia foi o primeiro país do mundo a fazer uma revolução armada, comandada por Vladimir Lenin e continuada pelo braço genocida de Joseph Stalin, tornando-se o primeiro país no mundo a ser comunista. Porém, após a I Guerra Mundial, o marxismo estava em plena crise teórica: como foi possível a união dos trabalhadores para matar outros trabalhadores, buscando defender os interesses de seus patrões? Quem os alienou? Marx já havia encontrado a “solução” em uma de suas frases mais conhecidas: "a religião é o ópio do povo". Ele havia entendido que um fator cultural alienava o povo. Porém, não conseguiu elaborar tal pensamento de forma adequada. Essa elaboração foi feita por dois filósofos marxistas, de forma independente, um húngaro, Georg Lukács e o outro italiano, Antônio Gramsci (é o modelo de revolução gramsciana adotado no Brasil a partir de 1965 e vigente até os dias de hoje).
Antônio Gramsci foi um filosofo marxista e político italiano de grande influência na esquerda atual, pois ele compreendeu que a revolução armada não era a maneira correta para se aplicar em uma sociedade. A REVOLUÇÃO TINHA QUE SER CULTURAL! O mesmo compreendeu que: A ética judaico-cristã, a filosofia grega, o direito romano, impediam que a revolução cultural chegasse ao ocidente e, que era necessário derrubar esses três pilares que fundaram toda a Cultura ocidental. Na estratégia gramsciana, nada pode ser ostensivo, tudo deve ser feito disfarçadamente, com o veneno sendo ministrado ao paciente como se fosse um remédio. Em outras palavras, é necessário destruir a cultura ocidental em nome da dignidade e da liberdade do homem. Em nome da liberdade, cria-se a ditadura. E em nome dos Direitos Humanos, cerceiam-se os Direitos Individuais...