Artigo: Eleições que não encantam
Tempo de renovação das prefeituras. A cada quatro anos, os moradores assistem a um desfilar de promessas de que a cidade vai se tornar uma maravilha. Alguns acreditam apenas porque querem. Como a confirmar o veredicto de Antônio Maria. Que o brasileiro tem por profissão a esperança. Mesmo podendo ver o histórico de candidatos e partidos que escolhem. Desde a redemocratização, elegemos prefeitos de todas as cores. De comum, o que têm produzido é a perpetuação da má qualidade dos serviços públicos. Aí o morador da periferia pergunta-se: o que adiantou votar por aquele que prometia “um olhar diferenciado para os mais necessitados?”
programas dos candidatos às vezes são bonitos. Escasseiam, contudo, quando instados a responder sobre os meios para executá-los. Aí quase sempre tergiversam. Uma cidade se faz dos sonhos dos homens e das mulheres. Mas também da capacidade de administrar, empreender e gerar renda. A partir das suas vocações e do engajamento de seus cidadãos. Ocorre que o engajamento ativo só acontece quando o cidadão se percebe bem tratado pelo poder público. E quando os bens públicos estão sendo bem cuidados. Por isso, a percepção sobre quem (e quais partidos) mais estaria apto para administrá-los deveria ser fator relevante...