A violência filmada, compartilhada, a banalização da morte e a espetacularização nas redes sociais
Ano passado a jornalista Julliana de Melo, do Sistema Jornal do Commercio (Recife) ganhou destaque e prêmio com a produção da reportagem: A Violência filmada e compartilhada.
Numa das cenas ela mostra que "foram 45 facadas. Lentamente, a cada golpe desferido, um ano de vida era retirado da agricultora Ivonete Maria dos Santos. Morreu aos 45 anos, brutalmente assassinada pelo companheiro, Severino Antônio Vieira, 54, na calçada de casa, em São Joaquim do Monte, Agreste de Pernambuco, no dia 18 de março de 2018. As imagens da sua morte, vista em plena luz do dia pelos vizinhos, foram gravadas em vídeo, fotografadas, e compartilhadas nas redes sociais e grupos de WhatsApp. Assim como o linchamento do agressor, que aconteceu logo após o assassinato da esposa. Uma violência sem tamanho, que gerou views e revolta. E mais violência"...