50 anos sem Luther King: igualdade racial segue como utopia
Nas escadas do Lincoln Memorial, de frente para o National Mall, em Washington, a inscrição talhada no chão marca o local do famoso discurso de Martin Luther King Jr., em 28 de agosto de 1963. Não muito longe dali, o imenso busto do ativista, esculpido na rocha, tornou-se centro de peregrinação de afro-americanos que ainda aguardam a materialização do sonho do “Dr. King”.
Às 18h01 de 4 de abril de 1968, em Memphis (Tennessee), a 1,4 mil quilômetros da capital, uma bala calou uma das principais vozes contra a segregação da população negra nos Estados Unidos. Meio século depois, apesar de o legado do reverendo King seguir intacto, o racismo é ferida aberta na sociedade. Em todos os 50 estados americanos, supremacistas brancos atuam respaldados pela Primeira Emenda — o texto da Constituição que resguarda a liberdade de expressão. ..