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Jornalismo, Morte e Imaginário: Desafios na Cobertura de Temas Sensíveis na Era Digital

O ser humano é produto de uma complexa cadeia de elementos que o formam, constituído não apenas por carbono, mas também por hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros componentes que moldam nossa biologia. Contudo, é essencial reconhecer que não somos apenas matéria física; somos movidos pelo social, pelo cultural e pelo imponderável, imersos em teias de significados que dão sentido à nossa existência, desde a origem até a finitude.

Nos tempos atuais, em que as tecnologias digitais ganham cada vez mais destaque e a exposição às telas parece exigir de todos nós mais evidência e rapidez em tudo que fazemos, a discussão sobre a morte surge de forma necessária e substancial. Historicamente, o Código de Ética do Jornalismo recomendava cautela ao noticiar casos de assassinato, suicídio e estupro, por serem considerados temas sensíveis, cuja divulgação, segundo a sociologia, poderia estimular novos casos. Esse discurso estava atrelado a um contexto sociocultural e histórico em que as tecnologias digitais e a exposição às telas ainda não tinham a relevância atual e não faziam parte do cotidiano como fazem hoje, quando carregamos o mundo digital na palma das mãos...