A Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES) iniciou mais uma turma do Grupo de Reabilitação em Relações Interpessoais (GRRI) para homens acusados de violência doméstica encaminhados pela Vara da Justiça pela Paz em Casa. O grupo é fruto das ações da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Juazeiro, composta, entre outros, por representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Pastoral da Mulher, Ronda Maria da Penha, Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Conselho da Mulher e prefeitura.
Desde a criação, o GRRI já trabalhou 46 agressores e tornou-se obrigatório em casos onde não há prisão preventiva. “A ideia do grupo surgiu da necessidade de fazermos um trabalho integral na questão da violência doméstica, já que entendemos que ela só existe por que existe um agressor que muitas vezes não se reconhece como agressor. Como o município já possui uma Rede de Combate e Prevenção consolidada, o trabalho pôde ser iniciado. Então, o GRRI trata os males dando atenção geral para toda a família a partir de um olhar para os homens que estão sendo atendidos”, declarou a Diretora de Proteção Especial, Fátima Macêdo.
No primeiro encontro da nova turma foram feitas apresentações dos novos participantes e da equipe do CREAS, orientações gerais sobre a metodologia a ser trabalhada, além da leitura do Acordo de Convivência. “Durante o encontro fazemos também reflexões sobre a violência doméstica e os tipos de violência mais incidentes atualmente, como os danos físicos e emocionais causados às vítimas. A abordagem é sempre de maneira contextualizada, em slides, com discussões e construção de painéis”, completou Lívia.
A nova turma, a mais numerosa desde a criação do grupo, está com 26 homens cadastrados no momento. Os encontros quinzenais acontecem na sede do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS). “Percebemos mais ainda a necessidade de uma intervenção em Rede, com o objetivo de prevenir e estimular o rompimento do ciclo da violência. Os encontros possibilitam a estruturação de um novo modelo de relação de gênero, baseada no respeito e na equidade”, destacou Lívia Cristina, assistente Social do CREAS. Além dos encontros em grupo, o atendimento também é feito de forma individual com assistente social e psicólogo.
Fabiana Diniz/SEDES
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