O superintendente da Codevasf, Aurivalter Cordeiro, disse hoje pela manhã que aguarda o diálago entre os agricultores que ocupam área do Pontal Sul de Irrigação. Aurivalter disse que o orgão federal "espera que ação judicial seja cumprida com o uso do poder da Polícia Federal". Os agricultores ligados ao MST já estão sem água e energia no local. O clima é tenso.
A Vereadora Cristina Costa, do Partido dos Trabalhadores em Petrolina, através de nota, manifestou apoio e solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras do MST – Movimentos dos trabalhadores rurais sem terra.
"Registramos nossa indignação aos ataques orquestrados por esse ‘desgoverno’ que programou para esta quarta-feira, 28 de Fevereiro, despejos intensificados em acampamentos de trabalhadores e trabalhadoras rurais em várias regiões do Estado de Pernambuco, incluindo Petrolina. Numa articulação desleal e desigual de políticos que são subservientes ao Latifúndio e ao Agronegócio", declarou Cristina Costa.
A vereadora acusou a Codevasf- Companhia deDesenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, com o apoio da Polícia Militar, de ter desligado a energia elétrica, e interrompeu o fornecimento da água, colocando em risco a plantação e a renda dessas famílias.
O deputado federal Gonzaga Patriota fez um pronunciamento em Brasilia. Segundo o deputado desde o ano passado, a Codevasf lançou dois editais para a venda de 336 lotes do Projeto Público de Irrigação do Pontal. Segundo a Autarquia, o objetivo é implantar projetos empresariais agrícolas, agropecuários e agroindustriais em unidades familiares e unidades empresariais.
O deputado apelou para que o governo não expulse essas famílias de baixa renda, tendo em vista que a área ocupada é utilizada para moradia e produção agrícola, com a garantia do seu sustento. O deputado frisou que esse grupo não possui recursos financeiros ou programas de financiamento para aquisição das áreas rurais do Projeto Pontal.
Gonzaga Patriota destaca que as duas licitações lançadas pela Codevasf são na modalidade de concorrência, do tipo maior oferta, parâmetro que não contempla os pequenos agricultores, além de abrir precedentes para grandes empresários adquirirem lotes da área produtiva.
Os agricultores rurais pretendem resistir ao processo de regularização das áreas do Projeto Irrigado do Pontal, haja vista que os parâmetros adotados pela Codevasf apontam desequilíbrio na aquisição das áreas. O intuito dos agricultores é encontrar uma solução para equilibrar o processo de regularização junto à Codevasf e INCRA, para que possam continuar produzindo no Projeto.
De acordo com o Incra são cerca de 200 famílias. A redação deste Blog solicitou o posionamento da Codevasf e este ainda não se manifestou sobre o assunto.
Redação blog Foto: Arquivo
2 comentários
01 de Mar / 2018 às 14h45
Aí tem dedo dos Coelhos. Não consigo imaginar como Petrolina vota nessse povo.
01 de Mar / 2018 às 15h28
Me desculpem, talvez alguns exerguem insenssibilidade neste comentário, mas a verdade é que todos aqueles que se apropriaram dos lotes ou terras já sabiam há muito tempo qual o objetivo. É preciso Lei, ordenação, critério e principalmente ordem e respeito com aquelas pessoas que também querem, desejam e precisam de um pedaço de terra, mas aguardam que tudo seja feito dentro da legalidade e não no "vamos invadir, quem chegar primeiro é o dono". Não generalizando, mas muitos dos que invadem terra não passam muito tempo nela e vendem a propriedade. Que a Lei seja cumprida, mesmo direito a todos.