O setor de saúde não vai bem no município de Juazeiro. A constatação é da população que sofre as conseqüências e pena nas unidades hospitalares e dos vereadores que pressionados pelo povo, acabam por admitir nos discursos proferidos da tribuna da Casa Aprígio Duarte, embora isso não mude em nada a nossa realidade local.
Semana passada foi registrado um óbito na Maternidade Municipal do bebê Ana Liz que morreu ainda na barriga da mãe, Luíza Evandra Silva de Brito, de 18 anos, e gerou grande comoção e repercussão em nível estadual.
Noite passada (27), foi decretada no Hospital da Criança a morte encefálica do bebê Ana Júlia, de oito meses, que foi internada com suspeita de meningite, mas não teve como ser transferida para a UTI Neo Natal no Hospital Dom Malan, em Petrolina, por falta de leitos (o atendimento é realizado na vizinha cidade em razão da pactuação da saúde firmado pelos estados da Bahia e Pernambuco).
Em contato com a Secretária Municipal de Saúde Fabíola Ribeiro esta explicou que ainda não pode ser decretada a morte da criança, embora admitisse que foi iniciado o protocolo de morte encefálica (morte cerebral), após avaliação de um médico neuro-cirurgião. A secretaria ainda está destinando um profissional para realizar um eletro-encefalograma e a criança está sendo mantida viva às custas de um respirador.
A médica e secretária também confirmou que não existe a possibilidade de reversão.
MORTE CEREBRAL
A morte encefálica (ou morte cerebral) é o estado clínico definido pela perda completa e irreversível das funções encefálicas, secundária à parada total da atividade funcional do cérebro (Telencéfalo/Diencéfalo) e do tronco encefálico. Designada pela presença concomitante de Coma irresponsivo, ausência de reflexos do tronco e apnéia. Diagnosticada usando-se protocolo específico determinado por lei, significa a morte da pessoa.
Morte encefálica (ME) é como conceito hoje, sob a ótica social, ética, religiosa e científica, o que determina legalmente a morte.
Nunca houve comprovação científica validada de NENHUM caso de melhora neurológica após o diagnóstico de Morte Encefálica (ME) segundo os critérios da AAN (Associação Americana de Neurologia) 2010/1995 e do CFM (Conselho Federal de Medicina) 1997/2017.
Da redação
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