O voto foi a principal mudança ocorrida no nosso processo de evolução política, e dos gregos herdamos um legado que misturou o poder do povo e das elites. Da modernidade surgem demandas sociais que de certa maneira foram ouvidas por líderes despóticos que para ficar no poder massacravam as oposições, acreditando ser essa a forma ideal de manutenção e perpetuação do seu poder. É evidente que no decorrer da evolução das sociedades e do apogeu do liberalismo democrático, essa participação se acentua com a instituição do voto universal, mesmo que restrito ao universo masculinos. A partir do séc. XIX, muitas mudanças oriunda do modelo industrial, cientificista e capitalista, impulsionaram a sociedade, fazendo surgir novas demandas de caráter universal como o voto para todos, a necessidade de educação e saúde de qualidade.
Muita coisa se construiu ou desconstruiu na sociedade, novas ideologias apareceram promovendo ora a humanização ou desumanização do ser humano em um processo de alienação que legitimou muitos líderes populistas, tiranos que mascarados de líderes democráticos impuseram seu modelo de ética que legitimados por políticas populares aparelharam a sociedade desde a imprensa até os clubes de serviços, ao invés de comprometer-se com a liberdade, acorrentam em “grilhões mentais”, mentes e corações. Essa instituição popular, o voto, fortaleceu as oligarquias (famílias ou grupos que só pensa em seu projeto de poder), que com certas práticas, como a compra do voto, aguçam o individualismo ou melhor dizer a lei do murici, “cada um só pensa em sí”. Sobre isso destaco nesse processo, o desvirtuamento do papel do voto seja ele no âmbito, federal, estadual ou municipal onde prefeitos e políticos usando daquela máxima “todo homem tem um preço”, desvirtuam a importância do voto e do seu papel como instrumento modelador de uma sociedade mais justa e eficiente. Assim, sugiro então a leitura do Livro “um país sem excelências e mordomias” de Claudia Walim, lá leitor, você encontrará uma experiência fenomenal, de um povo que acreditou no papel da educação como elemento chave para discutir com a sociedade o que é democracia, voto, corrupção e poder.
João Victor Medrado – Advogado e Presidente Municipal do Partido Verde.
5 comentários
07 de Feb / 2018 às 15h53
Já estou vendo esse filme lá na frente. Vamus aguardar.
07 de Feb / 2018 às 20h45
Parabéns pelo texto, se a carapuça servir pega em um monte de gente.
08 de Feb / 2018 às 09h13
É evidente que a educação nesse país é uma lástima, reflete nesse contexto político eleitoreiro chamado curral, convenhamos.
08 de Feb / 2018 às 10h16
Não resta dúvida, que a educação é fundamental em uma democracia, para que o cidadão vote consciente no melhor candidato, de acordo com sua escolha.
08 de Feb / 2018 às 10h50
CONCORDO COM JORGE MALTA! LÁ NA FRENTE VEREMOS MAIS O TEXTO BOM.PARABENS.