* Janguiê Diniz
Iniciamos 2018 e este é mais um ano de eleições no Brasil, período em que todos os governantes e candidatos querem ressaltar suas virtudes e comprometimento em prol do bem-estar e do desenvolvimento da população.
Em contrapartida, é também o ano em que os trabalhadores mais reivindicam direitos e melhorias nas condições, não apenas de trabalho, mas também de infraestrutura das cidades. Como resultado dessas movimentações, temos inúmeras obras por todos os cantos das cidades, correria para finalizar projetos em andamento além de movimentos de protestos e greves.
Quando se fala em futuro do Brasil e um hipotético marco temporal para o adeus à crise econômica e política, o mês de outubro de 2018 se torna emblemático. Será nele que elegeremos o novo presidente da república, governadores, senadores e deputados estaduais e federais. São mais de 145 milhões de brasileiros aptos a votar e repletos de perguntas que se impõem pela avassaladora crise moral e ética que paira na quase totalidade da classe política nacional, embasada em escândalos sucessivos de corrupção e uso da máquina pública para fins pessoais.
Pesquisas apontam que a população quer saber onde estão e o que acontecerá com o ProUni, o Fies, o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, por exemplo. Será preciso que os partidos políticos reinventem discursos e práticas. Em uma cena política com 35 partidos políticos e mais 50 outros aguardando a confirmação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar das eleições, há um desencanto da população com as lideranças políticas e com a política em si.
Um levantamento feito pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no início de 2018, mostra que 47% dos brasileiros esperam que o combate à corrupção esteja na lista das principais prioridades do novo presidente do país. Já 39% citaram o investimento na saúde como ação primordial e 33% o investimento na educação. Em seguida aparecem a segurança pública (32%) e a geração de empregos (29%).
A grande verdade é que nós, cidadãos, só veremos mudanças reais no país se nos envolvermos no processo político durante o ano de 2018 e subsequentes. É preciso discutir, participar, se envolver e acima de tudo cobrar para que tudo que a população anseia e que é prometido nas campanhas políticas, seja realizado. A transformação nacional é resultado do envolvimento de todos.
Em uma eleição nacional, sem o excesso de recursos que marcaram as eleições anteriores, a exploração do fato de estarmos em franca recuperação econômica deve ser uma força para ser explorada pelos candidatos.
Caro leitor, não podemos pensar que vivemos como a política do "Pão e circo", instituída em Roma há séculos atrás e utilizada para abafar os problemas sociais que vivemos e convivemos. Para sermos um país modelo, com baixo índice de corrupção e altos níveis de serviços públicos e qualidade de vida, precisamos cuidar primeiro de nossa população e isso só virá com a participação efetiva de toda a sociedade na política.
* Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – [email protected]
3 comentários
03 de Feb / 2018 às 23h28
Min Trabalho. No inquérito, diz o jornal, ” um dos denunciantes afirmou que os traficantes chegaram “ao absurdo de levarem as presidentes das associações do bairro para conversar com o chefão do morro porque elas não queriam trabalhar para a vereadora (Cristiane)”. “A intenção dele (assessor) era que o chefão fosse mandar dar uma surra nelas e obrigá-las a trabalhar para a vereadora ou, em caso de recusa, até mesmo matá-las”. Uau! Quer dizer, nem tanto: afinal, de viva voz, Aécio Neves sugeriu os mesmos métodos para seu próprio primo, no caso de ser pego com a mala de dinheiro. Amo PT
04 de Feb / 2018 às 00h26
A esposa do juiz Sérgio Moro, Rosângela Moro, fez um post no Instagram criticando a imprensa, com imagem de uma penca de bananas embrulhada pela Folha de São Paulo com o texto: "Imprensa.... para o bem e para o mal. Separam o joio do trigo e publicam o joio"; o fotógrafo Eduardo Matysiak foi um dos seguidores que rebateram a advogada: "Imprensa boa é a que juiz da entrevista e sai na capa, imprensa boa é aquela que a mulher do juiz sai na capa dando entrevista" Judas Temir Aesiu Gedeu Quim Cunha Moru farinha do mesmo saco? Blig 247 3 de Fevereiro de 2018 às 16:05 // Inscreva-se na TV 247
04 de Feb / 2018 às 15h23
Excelente dissertação sobre a questão de conscientizar a população de que ela deve participar de todo o processo desse pleito de 2018, a saber, as Eleições! Sim, é necessário que o povo compareça as urnas e escolha seus representantes. Porém, na minha modesta OPINIÃO não devemos REELEGER NINGUÉM! Estes que aí estão já tiveram sua chance de fazer alguma coisa. Que venha gente nova!