Nem o desemprego, nem a recessão ou a alta taxa de juros. O problema que mais atrapalhou os empresários em 2017 foi a corrupção. Pesquisa inédita do Sebrae mostra que 31% dos empreendedores entrevistados apontaram a corrupção como o principal obstáculo enfrentado em 2017, seguido pelo desemprego alto (25%) e pela taxa de juros elevada (17%). Para 52% dos donos de pequenos negócios, o ano que termina foi pior do que 2016.
"É a primeira vez que a pesquisa registra a corrupção como o item mais citado. Isso mostra que falta ao empresário brasileiro confiança na política pública e isso está impactando na gestão do seu negócio. Menos confiante no ambiente político, o empreendedor aponta a corrupção como causa principal para não atingir o desempenho desejado em sua empresa", analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Os empresários do segmento industrial foram os que mais sentiram o peso da corrupção (34%). A análise por região mostrou que o problema foi percebido com mais força pelos donos de pequenos negócios do Norte (36%). A percepção de que 2017 foi pior do que 2016 atingiu mais os empresários do Comércio (54%) e da região Nordeste (54%).
Apesar da avaliação negativa deste ano, 65% dos empresários ouvidos pelo Sebrae acreditam que 2018 será melhor para os próprios negócios. O otimismo, porém, não é compartilhado com a perspectiva para a situação do país. Apenas 11% dos donos de pequenos negócios apostam que a economia brasileira vai melhorar no próximo ano. Para 26% dos empreendedores, a crise financeira só será superada em 2021. Mais da metade dos empresários (51%) acreditam que o combate à corrupção deve a prioridade do novo governo. A pesquisa do Sebrae foi realizada em outubro, com 5.867 empresários de micro e pequenas empresas.
Agência Sebrae de Notícias Bahia
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