Perto do fim, 2017 reforça os argumentos de que as mulheres precisam de tratamento diferenciado no combate à violência. Dizem isso o assassinato da universitária Remís Carla Costa, 24 anos, pelo namorado Paulo César de Almeida Silva, 25, no Recife, e o estupro de três filhas por um pai, em Limoeiro.
O desfecho neste caso ocorreu ontem (27) após a mais nova das filhas abusadas, 12, pedir ajuda à irmã mais velha, 22, também vítima na infância e adolescência, e juntas denunciarem o pai, 53. A adolescente está grávida do pai. Em análise rápida, a conclusão é que ser mulher significa estar em situação de vulnerabilidade em Pernambuco, conhecido pelo machismo. Foram 30.182 casos de violência doméstica e familiar de janeiro a novembro.
Entre eles, mortes, lesões corporais, estupros, constrangimentos, difamações. São crimes que, apesar dos alertas de grupos organizados contra tais violências, persistem. As estatísticas oscilaram nos últimos seis anos. Ora cresceram, ora diminuíram. Atingiram o máximo em 33.080 em 2013. No ano anterior, 28.189 casos, número jamais repetido na série e que, infelizmente, não será alcançado neste ano. Ao contrário, superados em cerca de 10%.
Rádio Folha Recife
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