O Exército pedirá ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, a destituição do general Antonio Hamilton Mourão do cargo de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército depois que ele afirmou que o presidente Michel Temer faz do governo um "balcão de negócios" para se manter no poder.
Mourão vai ficar sem função à espera do tempo de ir para reserva, em março de 2018. Para o lugar dele, o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, indicou o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.
Em palestra a convite do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), no Clube do Exército, em Brasília, na quinta-feira, o general Mourão elogiou a pré-candidatura presidencial do deputado e capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Também voltou a fazer uma defesa da intervenção militar como solução para a crise política no Brasil.
"Não há dúvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa Sarneyzação (em referência ao ex-presidente José Sarney). O nosso atual presidente vai aos trancos e barrancos buscando se equilibrar e mediante o balcão de negócios chegar ao final de seu mandato", disse o general.
Em setembro, Mourão falou três vezes na intervenção militar enquanto proferia uma palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, também em Brasília: "Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso".
Apesar da repercussão negativa, o ministro da Defesa e o comandante do Exército acertaram que não haveria punição ao oficial. No governo Dilma Rousseff, ele fez críticas à então presidente e perdeu o comando direto sobre tropas do Sul, passando a ocupar o cargo atual de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército, de ordem administrativa.
Estadão
5 comentários
10 de Dec / 2017 às 04h11
Porque deixaram tirar uma mulher honesra Dilma para colocar mamadores Judas Temeroso Golpista que so faz projetos para prejudicar os estudantes, pobres, aposentados, blogue e pequenos?????
10 de Dec / 2017 às 07h40
NA MINHA OPINIÃO,COM TODO RESPEITO,O GENERAL FOI IMPRUDENTE E ALEM DO QUE DEVERIA,CONSIDERANDO SEU POSTO E SUA FUNÇÃO.NÃO QUESTIONO SUAS PALAVRAS,TAMPOUCO O DIREITO DE PRONUNCIA-LAS,CONTUDO SERVIRAM PARA COLOCAR MAIS LENHA NESTA FOGUEIRA NA QUAL OS GOVERNOS PETISTAS TRANSFORMARAM O BRASIL.
10 de Dec / 2017 às 20h18
Sou a favor da democracia, e as pessoas devem ter o direto de expressa suas opnioes principalmente nesse momento de tribulaçoes que viver o pais só não entendo essa "postura' contra o General ele não é um cidadão;? não paga impostos? não tem o direito de expressar as suas opiniões? Pra quem nao sabia, fiquei sabendo que um dos maiores Presidentes deste país era militar? Sim, Juscelino Kubistschek de Oliveira era Coronel da Polícia Militar de Minas Gerais!
11 de Dec / 2017 às 06h23
ANTONIO NASCIMENTO-COMO CIDADÃO,O GENERAL TEM TODOS OS SEUS DIREITOS ASSEGURADOS INCLUINDO O DE OPINIÃO,CONTUDO,COMO MILITAR E OCUPANTE DO POSTO DE GENERAL,ESTA SUJEITO AO REGULAMENTO DISCIPLINAR DO EXERCITO O RGE,QUE O PROIBE DE FAZER O QUE FEZ,OU SEJA,OPINAR PUBLICAMENTE SOBRE POLITICA E CONTRA O PRESIDENTE,LEMBRANDO QUE TEMER COMO PRESIDENTE DA REPUBLICA É SEU SUPERIOR HIERÁRQUICO POIS ELE É O COMANDANTE EM CHEFE DAS FORÇAS ARMADAS,OCUPANDO O POSTO DE MARECHAL.NADA HA DE ERRADO NESTA PUNIÇÃO,CONSIDERANDO QUE O GENERAL EXTRAPOLOU E FERIU O REGULAMENTO AO QUAL ESTA SUBORDINADO.
11 de Dec / 2017 às 13h01
O General Antonio Mourão tá certo em falar. Ninguém deverá ser punido por falar a verdade. "Ordem errada não se cumpre, nem que seja dada por um superior hierarquio". Deveria contar na Constituição Federal do Brasil.