Foi apresentada nesta quarta-feira (06), no auditório do CIAM, a Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Juazeiro. A apresentação feita pelo promotor Samuel Luna contou com a presença de representantes do Tribunal de Justiça, Ronda Maria da Penha, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Defensoria Pública, Polícia Civil, demais órgãos de combate à violência, além da secretária de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade, Cida Gama e do secretário Clériston Andrade, representando o prefeito Paulo Bomfim.
A apresentação da Rede fez parte da programação da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES). A Rede que se reúne bimestralmente tem o objetivo de colher informações concretas sobre a situação atual da violência contra a mulher no município e demandar ideias para enfrentamento do problema.
Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Maria José, o trabalho da Rede é também de reeducação. “Precisamos desconstruir a ideia de que a mulher é propriedade particular do homem, desconstruir o machismo e isso é feito também a partir de um trabalho educativo. Ao longo dos anos temos lutado pelo fim da violência na nossa cidade e pode participar desse momento é gratificante. Estamos vivendo um momento ímpar em Juazeiro”, afirmou.
A Secretária Cida Gama ressaltou a atuação do município dentro da Rede. “Acreditamos no trabalho desenvolvido em rede. O ideal é que não precisássemos e que a violência não existisse, mas já que existe precisamos fortalecer os mecanismos de combate e enfrentamento”, disse.
Durante a apresentação, foram mostrados elementos da violência contra a mulher no município a partir de informações colhidas das próprias vítimas, trabalho já realizado através da Rede. Dados como idade, grau de instrução, bairros com maiores índices e motivação foram apontados. Outro fruto da Rede já em andamento apresentado durante o evento foi o Grupo de Reabilitação em Relações Interpessoais (GRRI) que trabalha a violência contra a mulher a partir do agressor. O GRRI já trabalhou 46 agressores desde sua criação e tornou-se obrigatório em casos onde não há prisão preventiva.
“A ideia da rede veio porque acreditamos que não adianta cada um lutar contra a violência ou qualquer outro problema de forma separada, sem troca de informações. Em rede e unidos somos mais fortes. É um trabalho silencioso, mas de grande importância e o sentimento neste momento é de satisfação”, disse o promotor de Justiça Samuel Luna.
O secretário de Governo Clériston Andrade, que representou o prefeito Paulo Bomfim, lembrou que as mulheres ocupam grandes secretarias na gestão e parabenizou a iniciativa pela criação da Rede. “A violência contra a mulher muitas vezes vem do machismo que ainda é marcante em nossa sociedade, então é importante esse combate em rede. Precisamos debater e falar mais sobre esse tema e o trabalho em rede é decisivo para isso”, declarou.
A Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher continua até o próximo dia 11 com a exibição no Juá Garden Shopping, do filme “Quebrando o silêncio” - que aborda de forma crítica a violência contra a mulher na sociedade atual.
Por Fabiana Diniz/SEDES
1 comentário
07 de Dec / 2017 às 19h20
Representatividade ZEROOOOOOOOOO