O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou a prisão domiciliar de Job Brandão, ex-assessor da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Ele também não vai mais precisar usar tornozeleira eletrônica. Ele foi alvo em 8 de setembro da operação Tesouro Perdido, que descobriu um "bunker" de R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador (BA). Na ocasião, Job trabalhava para o deputado Lúcio. A fortuna é atribuída a Geddel, mas a Polícia Federal encontrou fragmentos das digitais de Job no dinheiro. Nesta terça-feira (28), Fachin atendeu a um pedido da defesa de Job. A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou a favor da concessão da liberdade.
Na decisão, o ministro disse que "como bem ressalta" a PGR, "não há qualquer evidência concreta" de que Job pretenda se furtar à correta aplicação da Lei Penal ou prejudicar o esclarecimento dos fatos em apuração". "No curso das apurações, o ora peticionante, além de ter depositado a fiança no patamar reajustado, admitiu o seu envolvimento nos fatos aqui versados e colaborou espontaneamente com a atividade persecutória, descortinando possíveis linhas investigativas", destacou o ministro.
"Ao lado disso, o próprio regramento legal da fiança já lhe impõe obrigações de comparecimento perante à autoridade e de não obstruir a regular marcha deste procedimento criminal, mostrando-se, assim, desnecessária a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico e, ademais, inadequada, pois tal restrição de liberdade, ainda que no ambiente residencial, impede-lhe de buscar ocupação remunerada a possibilitar o seu próprio sustento e o de sua família", escreveu Fachin. Job disse aos investigadores que destruiu documentos a pedido dos Vieira Lima.
SALÁRIO DEVOLVIDO
Conforme informou a Folha de S.Paulo, o ex-assessor pretende entregar aos investigadores extratos para provar que devolvia parte de seu salário da Câmara dos Deputados para os políticos. Em prisão domiciliar desde o fim de outubro, o auxiliar encontrou alguns registros de transferências bancárias que fez ao longo dos últimos cinco anos em nome de parentes de Geddel. Em depoimento à PF, no dia 14 de novembro, Job disse que ficava com cerca de R$ 2.500 por mês e devolvia R$ 9.000 para a família Vieira Lima. E que trabalhou com os Vieira Lima por 28 anos. Job negocia delação premiada com a PGR.
Com informações da Folhapress.
1 comentário
28 de Nov / 2017 às 23h25
E vocês, abestalhados, ainda acreditam em JUSTIÇA? Olhem para o lado, vejam Roberto Detalhes, Isaac Lava Jato, vereadores “da usina de açúcar”. Olhem para cima e vejam Lula, Temmer, Aécio, Gleise e o marido e outros tantos que estão enriquecendo “advogados” para “interpretarem a Lei” e livrarem seu ricos clientes da cadeia. E um lascado como nós ainda vai votar ano que vem.