Nas ruas e avenidas que contornam Juazeiro e Petrolina, o blog destacou ipês florindo os municípios. Porém, essas árvores não se resumem a enfeites para embelezar uma região. Elas emanam saúde, bem-estar, ajudam no ciclo da chuva e podem até amenizar as altas temperaturas. Em meio a um ano de calor recorde, e de uma crise hídrica causada pelos baixos níveis dos reservatórios, a arborização urbana se mostra como uma importante ferramenta para combater os impactos climáticos.
Mas como o plantio de árvores pode ajudar a melhorar questões como temperatura e questões hidrológicas? Alguns estudos comprovam a relação entre as condições microclimáticas de uma região e a arborização. Ou seja, plantar uma árvore não significa resolver todos os problemas, mas traz benefícios inatingíveis dentro de uma região, como, por exemplo, diminuir a exposição ao sol, amenizar as temperaturas e absorver a água para infiltrá-la no subsolo — parte importante do processo de formação das chuvas.
Segundo o professor e doutor em arquitetura e urbanismo Caio Silva, da Universidade de Brasília (UnB), a diferença de arborização entre os lugares mostra a necessidade de um novo planejamento urbanístico. “Eu fiz uma pesquisa em Teresina. Na mesma hora, mesmo dia e na mesma medição, eu tenho 3,1°C a mais da temperatura em avenidas que não têm arborização”, diz.
Isso acontece porque, como a cidade é feita de materiais urbanos, ou eles acumulam ou transferem o calor para a atmosfera. “Mas qual é o único material que consegue consumir calor como radiação? A vegetação. Um ipê, um flamboyant não vão pegar a radiação e refletir, ou acumular. Eles vão se alimentar da radiação para sobreviver. Por esse simples fato, eu tenho um espaço menos quente”, explica.
Outro ponto importante é que as árvores são peças fundamentais no equilíbrio hidrológico e formação das chuvas. Assim, com elas, é possível ajudar no ciclo de precipitação. “A árvore tem copa grande. Ela tem esse papel de pegar água da chuva e infiltrá-la no subsolo. A chuva tem tudo a ver com o equilíbrio ambiental da superfície”, afirma o professor.
5 comentários
17 de Nov / 2017 às 15h40
Aprendi isso em meu Ensino Fundamental, lá em meados dos anos 90... E os Políticos até hoje não aprenderam.
17 de Nov / 2017 às 23h01
Pelo fim da pragas dos nim e dos ficus em nossa região, mas plantas nativas em nossos canteiros.
18 de Nov / 2017 às 07h39
AQUI SE TEM MUITO POUCAS ARVORES,DAS QUE SE TEM,MUITAS SÃO CORTADAS SEM A MENOR RAZÃO E O MENOR CRITÉRIO.DAS QUE SÃO PLANTADAS,MUITAS O SÃO DE FORMA ERRADA,OU SEJA :NO CENTRO DAS CALÇADAS,QUE SÃO ESTREITAS, ATRAPALHANDO A LIVRE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES EM ESPECIAL,DE CADEIRANTES, CHEGA AO CUMULO DE PLANTAR ARVORES NO ASFALTO DAS VIAS CARROÇÁVEIS,AS PODAS,EM PLENO VERÃO SÃO FEITAS SEM CRITÉRIO ALGUM DEIXAM AS ARVORES NO TRONCO,NÃO SE TEM UM PROGRAMA SISTEMÁTICO PARA ARBORIZAR AS RUAS E PRAÇAS DA CIDADE,QUE PRECISARIA DE NO MINIMO,10 MIL ARVORES NOVAS.CADE A NOSSA CÂMARA DE VEREADORES ?
18 de Nov / 2017 às 19h03
Vixe mainha nossa senhora, a prefeitura não faz e se a gente for plantar não demora a prefeitura mandar a câmara de vereadores aprovar uma lei pra cobrar pelas árvores plantadas.
19 de Nov / 2017 às 09h01
Tão básico isso. E tão necessário. Mas o povo e os políticos dessas duas cidades e região são de uma cretinice sem fim. Nao plantamm, nao cuidam e ainda cortam e matam as pouca árvores que existem. Preferem o sol aço no kengo. Ô povo que gosta de sofrer!