Lidar com a perspectiva da morte não é fácil, mas, para alguns empresários, ela faz parte do trabalho diário. O mercado funerário cresce em média 15% ao ano e movimentou cerca de R$ 7 bilhões no ano passado, de acordo com o Sindicato de Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).
Os empresários do setor lidam com uma demanda relativamente estável ante a crise, já que as mortes são inevitáveis e as celebrações fúnebres fazem parte da tradição humana. O setor aposta, no entanto, na criatividade e na tecnologia para inovar e oferecer soluções que valorizam os seus serviços.
"O setor funerário é muito eclético. A depender do desejo da família pode-se inovar com o destino das cinzas, oferecer música ao vivo, no interior realizamos até cavalgadas no velório", conta Carlos Brandão de Melo, presidente do Sindicato de Empresas Funerárias do Estado da Bahia (Sindef-BA).
Já existem no país, por exemplo, empresas que usam as cinzas do falecido como adubo para a plantação de uma árvore, gerando a partir da morte uma nova vida. Já o Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú (SC), fez uma parceria com a empresa suíça Algordanza para oferecer o serviço de transformação de cinzas em diamante.
Na Bahia, uma das principais inovações na chamada "indústria da morte" é o oferecimento do "velório online", que possibilita que parentes e amigos que não podem estar presentes na cerimônia possam acompanhar pela internet.
"A família que opta pelo serviço recebe um usuário e senha, pelos quais os parentes têm acesso às imagens do velório feitas, ao vivo, por quatro câmeras", explica Roberto Taboada, gerente do cemitério Campo Santo, o único a oferecer o serviço na Bahia atualmente.
A Tarde
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