O árbitro Marcelo de Lima Henrique relatou na súmula de Bahia x Vitória a reclamação de Renê Júnior quanto a um suposto ato racista do atacante colombiano Tréllez durante o clássico de domingo (22). Porém, ressaltou que nenhum membro da comissão técnica presenciou o fato.
"Aos 45 mais dois minutos do segundo tempo, quando a bola estava fora de jogo, o atleta nº 23 Renê dos Santos Junior da equipe do E.C. Bahia veio em minha direção informando que o atleta nº 22 Santiago Trelléz da equipe do E.C. Vitoria o chamou de 'macaco'", diz o relato do árbitro.
"Cabe ressaltar que o fato não foi presenciado por mim e por nenhum membro da equipe de arbitragem", completou. Renê Júnior deixou o campo muito irritado na vitória por 2x1 de sua equipe. Ele se queixou de ter sido chamado de "macaco".
"O que aconteceu é inadmissível no mundo de hoje, no século que vivemos, mas eu sou maior que isso aí. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo. Eu queria que eu, meus filhos, e todos os outros negros, fôssemos julgados pela personalidade, e não pela cor da pele", afirmou depois o volante do Bahia, em entrevista coletiva. Apesar do ocorrido, ele disse que não irá denunciar o atacante. "Não vou dar queixa, não. Eu sou maior que isso aí. Para mim, a maior punição vem de Deus."
Tréllez, por sua vez, negou que tenha cometido injúria racial. "Ele (Renê Júnior) é brasileiro, da Bahia, e também queria falar que não chamaria ele de macaco como se está falando. Primeiro, porque eu sou preto. Segundo, (porque) meu pai é preto, ele é rastafári. Em minha família temos muitos pretos. Eu amo ser preto", disse o colombiano.
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