A barragem de Sobradinho está com apenas 5% de sua capacidade, nível considerado crítico. Um dos maiores polos de fruticultura, desde junho deste ano, a ANA (Agência Nacional de Águas) proibiu a captação no rio todas as quartas-feiras, deixando as plantações um dia da semana sem irrigação. Nos perímetros públicos irrigados, os produtores estão proibidos de ampliar a área de produção.
“O cenário é de insegurança geral. Não estávamos preparados para tanto tempo sem chuva”, afirma José Gualberto de Freitas, presidente da Valexport, entidade que reúne exportadores do vale do Rio São Francisco. Este é o sétimo ano seguido de seca no Nordeste –um dos motivos que explicam por que os indicadores econômicos da região têm piorado mais do que a média nacional.
Com a baixa oferta de água, parte dos agricultores deixou de lado os cultivos de ciclo curto, no qual eram produzidos melancia, melão, feijão e cebola, para concentrar-se na produção da uva, carro-chefe entre os produtores da região.mProdutor de coco e manga em um lote no perímetro de Curaçá, na região de Juazeiro (BA), Josival Barbosa afirma que custos de produção aumentaram, já que a água tem que ser bombeada de regiões cada vez mais distantes.
E o gasto com energia deve crescer ainda mais até o fim do ano, quando devem ser acionadas as bombas e flutuantes instalados em perímetros irrigados como Maniçoba, Curaçá, Salitre e Mandacaru. “Quando dependemos dos flutuantes para captar a água, nosso gasto com energia chega a crescer 50%”, afirma Josival, que também é presidente do Instituto da Fruta, entidade que congrega produtores da região.
Folha S.Paulo Fotos: Divulgação
1 comentário
26 de Sep / 2017 às 10h54
dando uma de doido. desde 1992 e depois em 1912 que se sabia do aquecimento global e a escassez de chuvas principalmente no nordeste. era melhor ficar calado do que falar uma asneira dessa.