ESPAÇO DO LEITOR: CONTRIBUIÇÃO CIDADÃ.

Geraldo, sexta-feira passada (15) por ocasião de serviço- passei algumas horas à beira da BA 210, no trecho que liga Juazeiro a Curaçá, e não demorei a notar um considerável trânsito de veículos da prefeitura de Juazeiro no sentido Maniçoba.

O curioso é que, na quase totalidade das vezes, os carros levavam apenas uma pessoa além do motorista. Permita-me dizer com outras palavras: para cada servidor (a) levado (a), um motorista e um carro oficial, isso em breves espaços de tempo. Isto é, mesmo em meio à tão propalada crise econômica que atravessamos, parece que o racionamento de recursos não atinge a todos.

Quanto não deve custar manter todo santo dia dezenas e dezenas de viagens como as descritas, feitas em carros locados a preços altos, combustível que aumenta quase semanalmente, salário de motoristas, que poderiam ser empregados de forma mais razoável pela prefeitura? Por que, por exemplo, não transportar esses servidores em vans, em horários mais espaçados? Qual o critério de eficiência de gastos ou de "necessidade do serviço" que explica todo esse gasto? Quais estirpes de servidores têm esse tipo de prerrogativa? Parece-me que não são poucos.

O uso racional do dinheiro público é uma obrigação de TODOS –em tempos de crise ou não, servidores ou não. Os funcionários do alto escalão do Poder Público devem ser os primeiros a encetar e perseguir a redução das despesas públicas e, não, serem eles a exceção a essa economia.

Romário Vieira

Foto Ilustrativa da Internet