O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que não vai desvincular a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) da Eletrobras. O mesmo vale para qualquer outra subsidiária da holding estatal. O pedido foi feito pelos governadores do Nordeste em carta ao presidente Michel Temer, para evitar que a Chesf fosse privatizada.
Fernando Coelho disse que, com o processo de privatização, a expectativa do governo é tornar a companhia “muito mais eficiente”, porque, segundo o ministro, ela não vem conseguindo terminar suas obras. “Do maior número de obras com atraso na Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, a maior participação é da Chesf, pela falta de capacidade financeira que a empresa tem hoje”.
A Chesf produz a maior parte de sua energia a partir das hidrelétricas instaladas no São Francisco. É de sua gestão, o maior reservatório do Nordeste, o de Sobradinho. Ela gera energia para mais de 80% dos municípios nordestinos. Só não atende o Maranhão, dos nove estados da região. Suas usinas estão entre as “cotizadas” pelo governo federal em 2012. Atualmente as hidrelétricas vendem energia às distribuidoras por um preço fixo, determinado pela Aneel, ao contrário de firmarem preços conforme o mercado e as realidades das instituições.
Por usar água do São Francisco para gerar energia, o valor estratégico, o caráter multiuso (abastecimento, pesca, energia) e a importância ambiental do rio são argumentos usados pelos governadores e pela Frente Parlamentar em Defesa da Chesf para aconselhar a não privatização da companhia. Para os críticos da privatização, todos esses recursos poderiam estar em risco em nome do lucro.
O ministro disse que a Chesf fez um “belíssimo trabalho” na geração de energia, mas “muito pouco foi feito no cuidado com o rio [São Francisco]”, e adiantou que o modelo de privatização deve incluir a obrigação de destinar parte dos recursos gerados com a atividade econômica para a revitalização do Velho Chico.
As regras do processo de privatização da Eletrobrás estão em definição pelo governo federal. A expectativa do Ministério de Minas e Energia, segundo o ministro, é que o modelo seja apresentado ainda em setembro.
De acordo com a Aneel, das 82 obras de empreendimentos de transmissão de energia da Chesf, 74 estão atrasados – ou 90% deles. É a maior quantidade de empreendimentos atrasados por transmissora fiscalizada. É também uma empresa com número de obras bem maior que a maior parte dos fiscalizados.
Sumaia Villela - Repórter da Agência Brasil
6 comentários
12 de Sep / 2017 às 13h39
O pai dele foi ministro da integração, que deveria ter cuidado do Rio.
12 de Sep / 2017 às 14h11
Sem dúvida esse argumento faz parte de uma campanha pra desqualificar a importância da companhia e fortalecer a tese de privatização , mas a firmação não é toda ruim, tem algum lampejo de verdade. A CHESF reassentou as famílias para locais onde muitas vezes a infraestrutura não foi realizada ou foi realizada parcialmente, como por exemplo falta de esgotamento sanitário, ruas sem pavimentação, sistemas de abastecimento d'água sem tratamento, criadouro de lixões, eliminação de corredeiras no rio que são de extrema importância para a reprodução de peixes etc. Isso justifica o aguardo do ministro.
12 de Sep / 2017 às 14h28
Geraldo: A Família Coelho, está na política desde o seu tio "Nilo ou NULO Coelho" governador ser voto, e nunca defenderam o Rio São Francisco. Os pernambucanos lhe aguardam na eleição para governador. Aproveita e privatiza a CODEVASF.
12 de Sep / 2017 às 15h18
com o aval de todos eles.
12 de Sep / 2017 às 15h32
CARA DE MADEIRA. ALIADO DAS EMPRESAS. ESTÃO MATANDO O RIO E CONTINUAM A PRODUZIR ENERGIA. ESTÁ CHEGANDO 300 MTROS CUBICOS E ELES GASTANDO 500. QUALQUER IDIOTA QUE SABE FAZER CONTA SABE QUE ESTÁ SE GASTANDO MAIS DO QUE RECEBE. VAI SECAR E A CULPA ELES VÃO COLOCAR NO POVO E EM DEUS. PILANTRAGEM
12 de Sep / 2017 às 17h37
O brasileiro é muito ordeiro. EI neles