ANTES DA HORA FINAL...

Semana passada, lembramos aqui, inclusive, com importantes participações dos leitores do blog Geraldo José, diversos estabelecimentos e atividades que um dia fizeram a história desta cidade e ocuparam um lugar de destaque no cenário São Franciscano e, certamente, além-fronteiras... Foi um momento singular, através do qual foi possível perceber a imensidão de apaixonados por Juazeiro, assim como eu!

Hoje, voltamos com um assunto que está virando uma tortura: o estado quase terminal do Rio São Francisco...

Sobre isso vou tentar juntar algumas palavras, e me associar a tantas manifestações que vem sendo publicadas por pessoas das mais diferentes camadas sociais e alguns políticos, ainda que tardiamente.

É certo que, recentemente, já tratei desse assunto com o texto publicado aqui no blog sob o titulo UM ESPECTRO ASSUSTADOR, e como tenho tido visões não muito boas sobre a situação do Rio, achei por bem voltar à tona e isso farei até a hora final ou, como queiram, até o último suspiro dessa agonia que aí está... Mas, antes dessa hora chegar, cabe aqui continuar fazendo alguns questionamentos, dúvidas e cobranças, porque é nossa obrigação:

Será que de ponta a ponta das cidades beneficiadas e atendidas pelo Rio a população tem noção da situação que se apresenta?

Será que os encontros que já começaram a acontecer sobre a situação climática, e as desertificações, já não é um verdadeiro aviso do que vem por aí?

Será que lá naquele Planalto ao menos soa a mínima preocupação com a situação do Rio, ou só se preocupam com inaugurações do eixo tal, sangrando o já esquálido e moribundo fio d’água que, parece, só os ribeirinhos podem ver? A meu ver, você só pode dar aquilo que tem, do contrário a possibilidade de perder tudo é muito grande também!

Até onde será que vai essa ideia de interligação, também tardia, porque os estudiosos e conhecedores dos problemas do Rio já de épocas remotas sempre falaram disso e pouquíssimas vozes fizeram coro ao longo desse tempo, levantando essa bandeira a favor dessa possibilidade!  

Será que alguns milhões de reais que disseram ter sido liberados para melhorias do curso do Rio, foram devidamente bem utilizados? Quem viu? Assim como, será que ao menos saiu do papel? Queremos saber...

Só sei que ao longo desse tempo, não foi dimensionado corretamente, oxalá responsavelmente, o uso da água pelas populações crescentes da nascente à foz, bem como, para o uso da irrigação. Se foi nos apresente. Era água demais para alguém se preocupar com isso. Chovia abundantemente lá na cabeceira, tínhamos até etapas de grandes volumes logo a partir de Setembro/Outubro chamadas de primeiras águas muito bem lembrado por um dos queridos leitores do blog. E depois das primeiras, vinham águas sucessivas, salvo engano até um pouco mais além de Março...

Então, por que se preocupar com uma natureza tão pródiga? Foi mais vantagem fazerem obras vultosas de cimento e asfalto que enchem os olhos... Fazer mega festas e vedar a visão de muitos... Deixar inchar as cidades, aumentar o eleitorado e ganhar os seus votos. Enquanto isso, o Rio ia se sucumbindo aos olhos de todos.

Agora, ao ver chegar a hora fatídica, tem sido um corre-corre que não precisa dizer, por que mais dos dias aqui mesmo tem sido publicado várias notícias que fulano, beltrano e sicrano estão buscando alternativas para acontecer daqui a um século, no mínimo, se bem andar aquela burocracia, que todos sabem como funciona...

Quando iniciei esse texto a ilustração das cadeiras daria conotação de que duas pessoas estavam ali esperando pelo fim... Ao finalizar, encontrei a segunda imagem que nos chama à realidade de nossas consciências, se quisermos realmente evitar o pior...

Dica de vida: “Se ainda somos capazes de sonhar, se a vontade de fazer os outros felizes ainda nos mobiliza... Não é vã nossa esperança. Esse mundo tem jeito.”

Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.

Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.