A vazão do rio São Francisco será reduzida para 550 metros cúbicos por segundo (m³/s) a partir do reservatório de Xingó, entre os estados de Alagoas e Sergipe, a partir desta quinta-feira (17 de agosto). A medida será aplicada após o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceder a licença para atender ao pedido formulado pelo setor elétrico.
O objetivo da medida é garantir a manutenção do volume útil do reservatório de Itaparica, localizado em Pernambuco, no Submédio do São Francisco em 15% e impedir que Xingó chegue ao volume morto. De acordo com explanação feita pela equipe técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a defluência de 550m³/s resultará em 0,4% da capacidade de armazenamento de Xingó até novembro próximo.
Diante da explanação, representantes dos órgãos de Sergipe se manifestaram de duas formas. A equipe da Secretaria de Meio Ambiente alertou para a necessidade de monitorar a qualidade da água na região. Além disso, a Companhia de Abastecimento do Estado (Deso) antecipou que essa vazão irá dificultar a captação de água para atender a população. Para resolver o problema, a saída deve ser a aquisição de bombas flutuantes.
Participaram da reunião as equipes técnicas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf); governos dos estados de Sergipe e Alagoas; projetos irrigados Nilo Coelho e Jaíba, entre outros.
Nova rodada de discussão com vistas as condições hidrológicas da bacia do chamado rio da integração nacional está marcada para a próxima segunda-feira, dia 21, a partir das 10h.
Ascom CBHSF
3 comentários
17 de Aug / 2017 às 02h31
O Brasil foi arrebatado pelos golpistas e entregue nas mãos dos banqueiros. O país é muito pior, mais pobre, mais desigual e injusto. Cinco milhões de pessoas voltam à situação de pobreza. O Bolsa Família foi tirado de milhões de pessoas carentes. Milhões penam o desemprego, outros tantos trabalham de forma absolutamente precária, a grande maioria tem medo de perder o emprego e ficar ao desalento A imagem internacional do país nunca foi tão ruim, ninguém mais o respeita. O governo corta recursos do orçamento o tempo todo, penalizando os mais pobres, mas o déficit público só aumenta. Quim ?????
17 de Aug / 2017 às 02h52
Depois do golpe que derrubou a presidente eleita Dilma Rousseff, o entorno de Temer começou a falar em “herança maldita”, numa referência ao déficit fiscal que hoje nem faria cócegas do mega-rombo que Temer e Meirelles programaram para este ano e para os próximos, de modo que até 2020 as contas públicas ainda estarão comprometidas. Depois que Temer se for, pois não há mal que sempre dure, o novo governo e o Brasil continuarão pagando caro pela verdadeira “herança maldita” que eles vão deixar. Sobre o rio acho que Lula 2018 faz a transposição do Tocantins para o São Francisco
17 de Aug / 2017 às 04h47
Aqui é o problema. A ganância do setor elétrico. Como assim. Para atender ao setor elétrico? Cadê os omissões do ministério público federal? Vão deixar o rio secar primeiro? Ganham salários exorbitantes