MENSAGEM DE ANIVERSÁRIO DE LAURENÇO AGUIAR, O MILITANTE SOCIALISTA

Em 09 de agosto Laurenço Aguiar fez 60 anos! Um lutador social em estado natural!

Ainda me lembro do jovem desajeitado que em 1988 conheci em Senhor do Bonfim, e já carregava consigo o apelido “Grampão” desde a década de 70... Tinha pouco mais de 20 anos e já se integrava ao quadro de sindicalistas que dirigiam o combativo Sindimina-Bahia. Naquele tempo ele era notável por enfiar os nomes de Sento-Sé e Riacho dos Paes em qualquer conversa. Que importava, se ninguém conhecia a cidade e menos ainda o povoado? Mesmo nas falas informais, ele estava sempre a colocar de forma sutil ou desafiante, sua terra em primeiro lugar. Tem como identidade a bandeira de suas origens. O quê? Sento-Sé? “É por onde passa 350 km do Velho Chico”. “É onde tem as Serras mais deslumbrantes do país”. E de tanto repetir aos seus amigos, seja em Belém do Pará, Brasília, Minas Gerais, Espirito Santo, São Paulo, Maranhão, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, ainda que duvidassem um pouquinho, terminavam acreditando. É que ele fala com tanta sinceridade que até eu passei a acreditar.           

Suas virtudes são incontáveis: bom pai, bom amigo, razoável analista de conjuntura... E aí prevalece sempre a inteireza de sua boa-fé. No mais, confesso que até me acostumei a ouvir avaliações – a bem da verdade, boas, ponderadas e racionais. Por conta disso é que ele goza de bom conceito entre os comunicadores da mídia regional. Matérias e entrevistas com Laurenço Aguiar geram ibope, repercutem e dificilmente há alguma séria contestação. Suas informações sempre procedem. Desde quando era o antigo “Louro Veio”, já evitava usar palavrão e sabe ser respeitoso no trato com os “outros”. Confessa sempre gostar “do que é bom” e com orgulho afirma ser “um socialista/consumista.

No plano da sociedade, sua conduta é franca. Militante político declarado: combate a todo custo as mazelas do capitalismo, publicando com frequência erros cometidos no meio político, assinando em baixo e assumindo os seus atos. Limita-se, porém, a combater princípios, teses, desvios públicos, sem cuidando de não resvalar diretamente para o lado pessoal de seus oponentes. Para ele, “o mal maior está no sistema; as pessoas são vítimas do regime”. Regime que denuncia como “maléfico e selvagem”. De fato, como ele diz, a corrupção só pode ser extinta com o aperfeiçoamento geral da conduta pessoal e da democracia. Nesse particular, a conduta de Laurenço Aguiar é de vanguarda. Reta como ele e defende a harmonia do homem com o meio ambiente e o faz atuando com a realidade de seus sentimentos. Honesto, ele não disfarça, não contorna, não ilude. É de sua natureza. Não sabe o que é trapacear. Não aprendeu a enganar. Pacífico por índole, nunca o vi considerar alguém como “inimigo”.

Como homem ‘de esquerda’, ele confronta-se com adversários ideologicamente ‘de direita’, encarando-os como meros “adversários políticos”. Ou seja, ele diz que toda disputa com eles tem em vista elevar o nível político, hegemonizar a opinião pública e ganhar a preferência do eleitorado, no âmbito da sociedade, o que é um direito para ser exercido por qualquer um, como candidato ou eleitor.

Laurenço Aguiar tem somente o curso primário concluído. Mas lê, fala e escreve bem, com ótimo grau de acerto, se fazendo entender a contento. Resulta disso que é autor de um texto que já passou da hora de virar livro. Suas 340 páginas fazem um passeio competente na história e memória de Sento-Sé. Uma historiografia pronta a servir de exemplo aos munícipes sentoseenses.

 A militância sindical e o ativismo político da luta nos movimentos sociais do país lhe deram visão social e experiência de vida. Ele frequentou diversos cursos de formação política. Viajado e lido, ampliou o círculo de amigos valiosos nas cinco regiões do país, tornando-se conhecido por vasta relação notáveis. Nasceu íntegro. Permanece como criança que não se deixou conspurcar pelo meio vicioso. Adulto capaz de moldar o futuro. Produto natural do universo, que se manifesta necessariamente diferenciado entre os entes.

Como humano coexiste e contribui com os demais, exemplarmente. Conserva a consciência original ao Homem. Não nasceu para o individualismo, sim para se interagir como gênero e preservar a espécie. Daí a rejeição ao capitalismo: sinônimo de guerras, das individuais às internacionais; daí sua opção pelo socialismo. Tem o dom dos que não vieram para se destacar por mesquinhas espertezas, ganâncias e egos. Trouxe o dom dos que representam a transparência em seu estado de pura naturalidade.

É bom chegar aos 60 anos demonstrando vigor, lógica de vida e princípios éticos e morais. Sem isso, não existiria um Laurenço Aguiar a ganhar sempre novos créditos junto à sociedade sento-seense e regional. Por isso, seus amigos e correligionários confiam em sua lealdade e toda a comunidade lhe concede respeito, por palavras e atos que fortalecem a confiança na personalidade privada ou pública da cidadania. Parabéns, Laurenço Aguiar! Feliz aniversário!

Por Antônio Britto - Jornalista/Camaçari-BA.

Por Antônio Britto - Jornalista/Camaçari-BA.