TUXÍS DA BAHIA RESPONDEM AOS REPRESENTANTES DA ALDEIA DE PERNAMBUCO E GANHAM APOIO DOS ATIKUMS E TUMBALALÁS

Os 40 índios da aldeia Tuxí, na região de Abaré, norte da Bahia, que estão desde a terça-feira, dia 08, ocupando a sede do Polo Base da Saúde Indígena em Juazeiro receberam na manhã de hoje (10) o apoio da Cacique da Tribo Atikum Djanira Jovelina Diniz Silva e do membro da Tribo Tumbalalá Miguel Marcolino.

Eles aproveitaram para retrucar as acusações do Pajé Minelvino Inácio da Silva e do Cacique Gilvan que em correspondência ao Blog nesta quarta-feira afirmaram que os manifestantes não tem etniaTuxí e estariam usurpando seus direitos.

Alcindo Feliciano dos Santos Cacique da Tribo Tuxí, em Abaré, explicou que essa disputa por representação começou em 2014 quando ocuparam a sede da Prefeitura de Abaré (BA) para encerrar o conflito Procuradores da República realizaram uma audiência em Paulo Afonso quando foi definido que seria mantida a tribo da Bahia, em Abaré, e conseqüentemente a tribo de Belém do São Francisco, em Pernambuco. “Confesso que fiquei decepcionado com esta declaração de Minelvino porque houve esse entendimento, até porque a origem do Pajé é Atikum como pode comprovar a sua parente aqui presente. Vou sair daqui para encaminhar essa denúncia ao Ministério público Federal e pedir nova investigação sobre a identidade indígena dos povos na região” ameaçou.

Djanira Diniz Cacique da Tribo Atikum em Curaçá manifestou apoio aos membros da aldeia Tuxí na Bahia e admitiu que Minelvino é seu parente. “Meu primo legítimo, temos como comprovar as suas raízes com a nossa tribo” afrimou Djanira.

Mais comedido em relação a essa disputa, Miguel Marcolino liderança da tribo Tumbalalá, disse que na verdade há uma “misturada” entre as tribos porque todas elas estão muito próximas e a convivência é permanente. “Estamos aqui prestando apoio aos Tuxís, mas poderíamos ser nós os primeiros a ocupar a sede do Polo Base da Saúde Indígena, porque a insatisfação é geral. Com a chegada dessa assistente social, o que já era ruim ficou ainda pior” expressou Miguel Marcolino.