A verdade não me permite mentir
E era uma vez a feira do livro do Vale do São Francisco, é lastimável o tratamento que o segmento literário tem na região, Petrolina ainda conta com o CLISERTÂO, e Juazeiro? o que fez ou faz nesse sentido? Simplesmente nada, o que nos leva a crer que não podemos deixar de produzir, de reunir e promover os artistas da palavra da nossa cidade, afinal já está bem claro, que se a gente mesmo não fizer ninguém fará.
É curioso, senão trágico, que o mesmo dinheiro que falta para ser investido em cultura de qualidade, fortalecimento da cadeia do livro e tantas outras coisa indispensáveis ao desenvolvimento social de uma região é o mesmo dinheiro que sobra pra pagar cachês exorbitantes no carnaval e no São João, é o mesmo dinheiro que se derrama nas campanhas politicas que servem só para perpetuar uma forma podre e fedorenta de governar, negando ao povo sua própria cultura, a chave que ele tanto necessita para se libertar da opressão da ignorância.
Não é estranho o que nós vivenciamos, é a história de nosso tempo passando diante de nossos olhos, uma terra que se perde de si mesma, e vaga sem sol e sem razão num pasto poeiroso onde uns cavalgam em cima dos outros por um punhado de capim.
Quem se cala, quem se vende, quem se entrega, e desiste, no fim não será digno sequer de menção, pois, há uma réstia de honra na derrota somente para aqueles que lutam, para os covardes restará apenas a cova rasa da vergonha e a rosa morta do esquecimento.
Literatura é militância, e dessa batalha eu só saio morto, ou satisfeito.
João Gilberto Guimarães, Poeta bem vivo de Juazeiro da Bahia
2 comentários
07 de Jul / 2017 às 22h09
MIGUÉ COELHO QUE ACABOU. DEVERIA ESTAR O NOME DO PREFEITO NA CHAMADA. TÔ DE OLHO.
08 de Jul / 2017 às 12h15
Mauriçola não gosta de ler. Gosta de cantar. E só bossa nova.