A discussão a respeito dos efeitos das reformas Trabalhista e Previdenciária foram os principais temas abordados durante a 13 ª Jornada de Debates, realizado na manhã desta quinta-feira (11), na Casa Aprígio Duarte. O vereador Agnaldo Meira (PC do B) tem se mostrado contrário as novas medidas do Governo Federal e contribuiu para que o ciclo de debates, promovido peloDepartamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), fosse realizado em Juazeiro, no Norte do Estado.
O encontro contou com a presença de trabalhadores e trabalhadoras urbanos e rurais e das Centrais Sindicais das cidades da Bahia e Pernambuco. De acordo com o coordenador de Relações Sindicais do DIEESE, José Silvestre Prado, a Jornada de Debates já foi realizada nas 27 capitais e cerca de 20 cidades do país, discutindo a respeito dos prejuízos que as reformas Trabalhista e Previdenciária poderão trazer a população.
Quanto a proposta de Reforma Trabalhista, Prado explicou que a medida poderá deixar os trabalhadores vulneráveis em relação aos patrões. “ A Reforma Trabalhista fragiliza e afeta diretamente os trabalhos no Brasil, porque as negociações passarão a ser realizadas, diretamente com os patrões”, disse.
Sobre a Reforma Previdenciária, Prado ainda afirmou que a dificuldade de acesso para a aposentadoria representa um grande problema para o contribuinte e um incentivo a previdência privada. Também reforçou que essas mudanças podem prejudicar a economia de muitos municípios brasileiros. “ Essas novas medidas podem piorar as condições de vida e aumentar as desigualdades na medida em que for criada dificuldades para o acesso a previdência. Sofrerão o impacto não só as pessoas ativas que irão se aposentar, como também os municípios, onde a renda que estimula a economia são os recursos oriundos da previdência”, explicou.
DEBATE: O vereador Agnaldo Meira explicou que a ideia de trazer a 13ª Jornada de Debates para Juazeiro, é importante por promover uma discussão acerca dos prejuízos que as reformas trabalhista e previdenciária trarão para a população. “ A ideia em trazer o DIEESE, como o apoio das Centrais Sindicais da Bahia e Pernambuco possibilita que os trabalhadores e trabalhadoras tenham acesso a dados concretos a respeitos das mudanças que essas medidas trarão a toda população”, pontuou Meira.
TRABALHADORES RURAIS: Adelina Maria Batista (36) trabalha em uma empresa da fruticultura em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ela afirmou que o receio em perder direitos conquistados é grande, uma vez que, o trabalho diário exposto ao sol, prejudica sua saúde. “Enfrentamos sol, chuva e muitas dificuldades. Passamos um ano sonhando em descansar nas férias e ainda corremos o risco delas serem fracionadas. Não vamos ganhar nada com essas reformas. Somos os maiores prejudicados”, desabafou a trabalhadora.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro (STRJ), Emerson José da Silva, confirmou que os trabalhadores rurais não estão dispostos a aceitarem os desmandos do Governo Federal de braços cruzados. “Temos que lutar para garantir mais direitos. Querem acabar com o que já conquistamos. Esses prejuízos vão nos afetar diretamente e o trabalhador rural será um dos grupos mais prejudicados com essas mudanças, em especial a mulher do campo”, disse.
Em Juazeiro, a 13 ª Jornada de Debates consiste em uma iniciativa do DIEESE em parceria com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Urbanos da Bahia e Pernambuco, a CTB, a FETAG-BA, a FETAR -BA a FETAPE, a FETAEPE, a CONTAG, a CUT e Sindicato dos Rodoviários da Bahia, SINTASE e da Federação de Bancários Bahia e Sergipe.
Ascom Agnaldo Meira Fotos: Joselito Tavares
2 comentários
12 de May / 2017 às 16h38
cadê o ministério publico , federal, procuradoria da republica que não entra em Juazeiro e ver os contratos da prefeitura e o financiamento das campanhas eleitorais das cidades vizinhas pelo ex prefeito e o senhor Veloso. Cadê vcs justiça.
12 de May / 2017 às 17h05
BLA,BLA BLA SEM FUTURO,QUEM ESTA CONTRA A REFORMA TRABALHISTA NÃO ESTA PARA DEFENDER OS TRABALHADORES,MAS,PELA BOQUINHA DO IMPOSTO SINDICAL QUE FINANCIA A MILITÂNCIA PETISTA.